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Fisiocracia

O sistema económico que atribui a origem da riqueza à natureza é conhecido pelo nome de fisiocracia. Esta corrente do pensamento surgiu em França durante o século XVIII, com expoentes como François Quesnay, Pierre Samuel du Pont de Nemours e Anne Robert Jacques Turgot, entre outros.

Na opinião dos fisiocratas, os sistemas económicos deveriam ser regidos pelas suas próprias leis naturais, sem intervenção do governo. O seu sistema, por conseguinte, baseava-se no conceito francês do laissez faire (“deixa fazer”), que promove o livre mercado e a nula participação do Estado nas decisões económicas.

A fisiocracia, por conseguinte, opunha-se ao mercantilismo, impulsor de um Estado activo que fixava medidas proteccionistas. Para os fisiocratas, este tipo de políticas que implicavam a intervenção estatal em diversas etapas da produção e a distribuição de bens geravam uma diminuição na actividade económica e na prosperidade em geral. Para demonstrar isso, davam como exemplos os monopólios que dominavam certos sectores da economia e o fortalecimento de uma classe burguesa parasitária.

Da mesma forma que o mercantilismo defende que a base da riqueza é a acumulação de metais preciosos provenientes do comércio internacional, para a fisiocracia, a riqueza é gerada pela agricultura. Os teóricos fisiocratas afirmam que o agricultor é o único indivíduo cujo trabalho produz algo mais do que o salário que aufere.

As críticas à fisiocracia contradiziam que as classes mercantis e artesanais eram improdutivas e afirmavam que não se deveria aplicar um imposto sobre a terra.

Citação

Equipe editorial de Conceito.de. (24 de Dezembro de 2013). Fisiocracia - O que é, conceito e definição. Conceito.de. https://conceito.de/fisiocracia