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Genética

A genética é o ramo da biologia responsável pelo estudo da hereditariedade e de tudo o que esteja relacionado com a mesma. O conceito também faz referência àquilo que pertence ou que é relativo à génese ou origem das coisas.

Como tal, a genética analisa a forma como a hereditariedade biológica é transmitida de uma geração para a seguinte, e como é efetuado o desenvolvimento das características que controlam os respectivos processos.

O objecto de estudo da genética são os padrões de hereditariedade, isto é, o modo com os traços e as características se transmitem dos pais para os filhos. Os genes são formados por segmentos de uma molécula que codifica a informação genética nas células, denominada ácido desoxirribonucleico (ADN).

O ADN, responsável por controlar a estrutura, a função e o comportamento das células, pode criar cópias exatas de si mesmo.

Os genes contêm a informação necessária para determinar a sequência de aminoácidos das proteínas, que desempenham uma função importante na hora de determinar o fenótipo final do organismo.

Os especialistas utilizam o verbo codificar para se referir ao facto de o gene conter as instruções necessárias para sintetizar uma proteína particular (daí se poder dizer que um gene codifica uma proteína).

A genética subdivide-se em vários ramos: a clássica ou mendeliana (que se centra no estudo dos cromossomas e dos genes e na forma como são herdados de geração em geração), a quantitativa (analisa o impacto de múltiplos genes sobre o fenótipo), a molecular (estuda o ADN, a sua composição e a forma como se duplica), a genética de populações e evolutiva (centra a sua atenção no comportamento dos genes no seio de uma população e de como isso determina a evolução dos organismos) e a genética do desenvolvimento (a forma como os genes controlam o desenvolvimento dos organismos).

É concedida ao monge Gregor Mendel a idealização dessa ciência, uma vez que ele começou com experimentos relacionados a isso, tendo um trabalho dele sido publicado no ano de 1866. Em seus trabalhos sobre isso, Mendel usou a ervilha, uma leguminosa, e fez a análise das seguintes características nela: a cor e textura das sementes, a cor e a posição das flores, o tamanho da planta e também a cor e a forma da vagem. Gregor Mendel fez uma escolha bastante eficaz para esse trabalho, já que essa leguminosa é de cultivo simplificado, se reproduz num curto período de tempo e também conta com muitas sementes.

E o objetivo desse trabalho de Mendel era conseguir entender o motivo que levava o cruzamento de híbridos a gerar uma descendência que era distinta. Há autores que relatam que o monge levava esse trabalho adiante com o intuito de encontrar maneira de gerar plantas híbridas que pudessem manter características que eram importantes para a agricultura.

No trabalho de Mendel, uma das leis existentes era a conhecida como “segregação dos fatores”, o que se conhece por “genes”. De acordo com ele, cada indivíduo possui dois fatores para cada uma das características que separam-se durante a formação dos gametas. O que ocorre é que, durante a fecundação, os gametas que pertencem ao pai (gametas masculinos) e a mãe (gametas femininos) se unem e, com isso, eles acabam levando ambas as características com eles. É importante mencionar que a fecundação acontece somente com gametas de indivíduos diferentes.

Citação

Equipe editorial de Conceito.de. (30 de Julho de 2011). Atualizado em 3 de Dezembro de 2019. Genética - O que é, conceito e definição. Conceito.de. https://conceito.de/genetica