Histeria é um termo de origem francesa (hystérie) embora os seus antecedentes mais remotos nos remetam para a língua grega. A histeria é definida como uma doença nervosa e crónica que é mais frequente nas mulheres do que nos homens e que se caracteriza por uma ampla variedade de sintomas funcionais. Actualmente, no entanto, a medicina não costuma usar este termo.
A histeria é um distúrbio psicológico que se insere no âmbito das neuroses e dos transtornos de somatização. Na prática, o paciente histérico apresenta sintomas físicos e psicológicos sem origem orgânica e que se desenvolvem, muitas das vezes, por motivos inconscientes.
Palpitações, dores abdominais e convulsões são alguns dos efeitos da histeria. A hipocondria, a somatização, a amnésia dissociativa e a despersonalização também estão associados aos distúrbios histéricos.
Durante longos anos e até finais do século XIX, a histeria era associada a um suposto mal-estar feminino relacionado com a sexualidade. Os médicos tratavam as mulheres aparentemente doentes com massagens no clitóris ou recomendando o uso de vibradores, tendo em conta que atribuíam esse mal àquilo que os Gregos chamavam de “útero ardente”.
Estas práticas já não fazem parte da medicina e considera-se que os sintomas histéricos aparecem tanto em mulheres como em homens.
Hoje, entende-se por histeria um estado passageiro de excitação nervosa que se produz por uma situação anómala ou extraordinária. Exemplos: “A chegada do cantor mexicano desencadeou a histeria das fãs“, “Não gosto da histeria e de todo o mediatismo que giram em torno dos actores”.
Equipe editorial de Conceito.de. (10 de Fevereiro de 2014). Histeria - O que é, conceito e definição. Conceito.de. https://conceito.de/histeria