A memória (do latim memorĭa) é a faculdade psíquica através da qual se consegue reter e (re)lembrar o passado. A palavra também permite referir-se à lembrança/recordação que se tem de algo que já tenha ocorrido, e à exposição de fatos, dados ou motivos que dizem respeito a um determinado assunto.
Por outro lado, a memória é uma dissertação escrita podendo ser do foro científico, literário ou histórico. Também é sinônimo de memorando, isto é, um impresso usado comercialmente para pequenas correspondências, ou ainda um simples apontamento destinado a lembrar qualquer coisa (uma consulta no dentista, o pagamento da fatura da eletricidade, etc.).
No plural, dá-se o nome de memórias a um escrito narrativo em que são compilados fatos a que o autor assistiu ou participou. Também se pode chamar de memória a um monumento comemorativo. Ao longo da história, foram mandados construir monumentos e/ou edifícios em memória de alguém (pessoas que se sacrificaram/perderam a vida em nome da pátria, por exemplo).
Nos últimos anos, no âmbito da tecnologia, mais propriamente na informática, a palavra memória tem sido usada para definir a unidade (do computador, por exemplo) onde são armazenados dados.
No que diz respeito à memória humana, esta é a função cerebral que resulta das conexões sinápticas entre neurónios. Conforme o alcance temporal, distingue-se a memória a curto prazo (consequência da simples excitação da sinapse para reforçá-la ou sensibiliza-la transitoriamente) da memória a longo prazo (um reforço permanente da sinapse graças à activação de certos genes e à síntese das proteínas correspondentes).
Existe ainda:
– Memória de procedimento: também conhecida como memória não-declarativa, ela é usado no armazenamento de informações que não podem ser expressadas verbalmente, tais como habilidades intelectuais ou motoras, por exemplo;
– Memória declarativa: esse tipo de memória é utilizada para armazenar e recordar acontecimentos como raciocínios, criação de ideias, dados que os sentidos tenham recebido, entre outros;
– Memória imediata: esse tipo de memória dura poucos segundos, já que o cérebro a descarta depois de utilizá-la. No entanto, pode ser que, de forma inconsciente, alguns dados possa ser armazenados.
Ao contrário da memória dos animais, que costuma agir com base nas suas necessidades presentes, a memória humana tem a capacidade de contemplar o passado e planificar o futuro. De acordo com alguns científicos, o homem apenas utiliza uma décima milésima parte (0,0001) do potencial do seu cérebro ao longo da sua vida.
No que diz respeito a memória humana, existe ainda a memória adquirida (quando se reconhece algo de forma prévia, como uma música somente por sua melodia) e a memória episódica (quando você se lembra de momentos marcantes em sua vida, como casamento, formatura, uma viagem, entre outros).
O processo de memorização envolve o lobo temporal, tálamo, hipotálamo, o neocórtex temporal, o hipocampo, a amígdala e o córtex pré-frontal. Essas regiões do cérebro atuam na organização dos acontecimentos, emoções, comportamento, estímulos sensoriais, entre outros.
No entanto, ainda há convergências entre os especialistas quanto a região onde o processo de memorização se desenrola. Mas a opinião é grande quanto a região dos lobos frontais para isso. E esse conflito de opiniões prova que a mente ainda é uma área que precisa ser estudada bastante a fundo, e mais ainda no que diz respeito a memória.
Existem vários tipos de doenças que podem comprometer a memória, tais como AVC, amnésias, Alzheimer, entre outras.
O desenvolvimento de uma boa memória pode ser conquistado através de uma boa alimentação, técnicas mentais e de relaxamento, cuidados com o uso de medicamentos e também através de atividades e jogos que estimulem a memória como xadrez, por exemplo.
Equipe editorial de Conceito.de. (23 de Janeiro de 2012). Atualizado em 18 de Julho de 2019. Memória - O que é, conceito e definição. Conceito.de. https://conceito.de/memoria