Pontilhismo é o nome dado ao movimento da pintura que teve lugar no século XIX. A sua principal característica é a utilização de pontos e traços interrompidos para a criação das suas obras.
Os pontilhistas, por conseguinte, em vez darem pinceladas na hora de criar as suas telas, aplicavam pontos de tonalidades puras sobre as superfícies. Isto permitia-lhes desenvolver diferentes jogos cromáticos, já que é o olho do observador que cria a combinação.
A análise da óptica, os cálculos, a relação física que existe entre as várias cores e a ordem faziam parte do processo criativo dos cultores do pontilhismo. A partir do uso dos pontos de diferentes cores, os pontilhistas podiam favorecer uma sensação de profundidade nas suas obras.
Foi com a ajuda das pesquisas na área óptica que o movimento do pontilhismo se tornou assim evidente, em especial as contribuições de Michel Eugène Chevreul. Uma dessas contribuições de Eugène Chevreul foi o estudo que ele publicou no ano de 1839 sobre a lei das cores complementares, o qual fora intitulado de “Da lei do contraste simultâneo das cores”.
Houveram também contribuições, para marcar ainda mais esse movimento, vindas de Hermann von Helmholt: suas análises sobre a teoria da visão colorida tricromática foram de grande valia.
Da lista de pintores que estiveram a associados a este movimento, destacam-se Vincent Van Gogh, Camille Pissarro, Georges Seurat, Henri Delavallée, Vlaho Bukovac e Paul Signac. Cabe destacar que os estudos realizados pelos teóricos do pontilhismo chegaram inclusivamente a influenciar/inspirar músicos, que passaram a investigar de que forma o ouvido consegue descodificar os sons isolados para criar uma melodia, assim com o olho toma os pontos de cores e os combina.
O pontilhismo, que é considerado como uma derivação do impressionismo, também costuma mencionar-se como pós-impressionismo, neo-impressionismo ou divisionismo. Os peritos, no entanto, traçam certas diferenças entre cada conceito. O divisionismo, por exemplo, tinha reivindicações políticas no que toca à sua postura estética, ao passo que o pontilhismo se limitava a preocupar-se só pelo técnico.
Cabe também relatar que as técnicas de pixelização foram antecedidas pelo pontilhismo, bem como, ele foi também precursor das técnicas de separação cromática para a televisão.
Ainda que não se saiba ao certo quem foi o criador dessa técnica artística (pontilhismo), há quem credite Georges Seurat como seu iniciador. Muitos consideram a obra desse pintor francês como pioneiras e o ponto mais alto qual o pontilhismo chegara, sendo algumas delas: Tarde de Domingo na Ilha de Grande Jatte (considerada sua obra mais importante) e O Circo (essa última uma obra que ficará inacabada).
Seurat (que é conhecido como sendo o fundador do movimento artístico pós-impressionismo ou também neoimpressionismo) contribuiu para essa corrente artística através da realização da decomposição prismática da cor e mistura óptica provocada por ela, em segundo plano fora deixada a representação do instante luminoso, essa última sendo elemento qual deixara os impressionistas admirados.
No Brasil, o pontilhismo marcou obras de artistas como Eliseu Visconti e Belmiro de Almeida no perpiodo da Primeira República entre 1889 e 1930.
Equipe editorial de Conceito.de. (30 de Setembro de 2015). Atualizado em 23 de Outubro de 2020. Pontilhismo - O que é, conceito e definição. Conceito.de. https://conceito.de/pontilhismo