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Reflexividade

A ideia de reflexividade está vinculada às características da pessoa que é reflexiva (isto é, que costuma refletir frente em vez de fazer ou de dizer algo). Refletir, por sua vez, consiste em analisar algo com detenimento.

Exemplos: “A reflexividade não faz parte de mi ser: costuma atuar por impulso, sem pensar demasiado nas consequências dos meus atos”, “Precisamos contratar alguém que reflete na hora de tomar decisões importantes decisões importantes as para a empresa”, “O Manuel chegou ao nosso posto graças à reflexividade e à paciência”.

A reflexividade também é associada à introspecção. Quem é reflexivo costuma voltar-se para o seu interior, prestando particular atenção aos seus pensamentos e estados anímicos. Desta forma, o sujeito introspectivo ou reflexivo não se caracteriza por partilhar emoções nem exteriorizar aquilo que sente.

A reflexividade se tornou um tema muito importante para a construção da individualidade nos dias atuais, sendo algo presente nas teorias sociais e nas ciências.

Contudo, o conceito de reflexividade é ainda algo de difícil esclarecimento, tanto que são poucas as obras e textos que citam uma explicação para esse termo. No entanto, de forma clássica, a reflexividade surge como uma forma de sinônimo de “razão”, tendo em vista que uma pessoa que é reflexiva é alguém que medita antes de tomar qualquer decisão ou realizar alguma ação.

Dentro do âmbito da psicologia, a reflexividade é combinada com a impulsividade num estilo cognitivo (a maneira que têm as pessoas de processar dados e fazer uso dos seus recursos de cognição).

Face a uma situação que exija uma resposta, uma pessoa pode atuar com impulsividade ou com reflexividade. No primeiro caso, o indivíduo privilegia a ação rápida mesmo quando esta possa derivar num erro. Com a reflexividade, por conseguinte, prefere agir só quando esta ação se considera adequada após análise.

O estilo cognitivo de impulsividade/reflexividade forma-se a partir do balanço entre ambas as tendências. A impulsividade permite agir com velocidade mas com uma probabilidade de erro grande; a reflexividade, porém, minimiza os erros, mas pode fazer com que se perca por um tempo valioso face às da ação.

Para o filósofo americano George Herbert Mead, a reflexividade é uma característica natural e fundamental de todo ser humano, o qual não pode nem ser concebido de forma isolada e nem como existindo de maneira prévia para a sociedade. Ela se liga através da articulação com a capacidade criativa, algo que é exclusivo do ser humano, que possibilita produzir símbolos de forma linguística continuamente, tendo a mediação nos processos sociais relativos a interação, o que forma a sociedade. Desse modo, a reflexividade é um fluxo contínuo, algo que não se restringe ao indivíduo, sendo, em boa parte dos casos, uma propriedades ligada as relações sociais de interatividade.

Modernidade reflexiva é, ainda, um termo utilizado por autores como Ulrich Beck, Anthony Giddens e Scott Lash para descrever a sociedade contemporânea. Mas essa ideia traz consigo um sentido duplo: o fim de uma época e também o começo, na realidade um novo começo. Com isso, a modernidade reflexiva é a modernidade e suas formas industriais se reinventando.

Citação

Equipe editorial de Conceito.de. (31 de Dezembro de 2015). Atualizado em 27 de Agosto de 2021. Reflexividade - O que é, conceito e definição. Conceito.de. https://conceito.de/reflexividade