
Conjunção, do latim coniunctĭo, é uma junta ou união. O termo é usado na astronomia e na linguística, entre outros âmbitos. Exemplos: “Os astrónomos informaram que amanhã assistiremos à conjunção entre Mercúrio e Vénus”, “Tenho de explicar o que é uma conjunção coordenativa”, “A professora disse que iremos estudar as conjunções no próximo semestre”.
Uma conjunção astronómica é a situação relativa de dois ou mais astros quando, a partir de um ponto de observação, se encontram alinhados. O conceito também é usado para referir o aspecto de dois astros que ocupam a mesma casa celeste.
É possível falar de conjunção inferior ou conjunção superior. A conjunção inferior tem lugar quando os planetas interiores à órbita terrestre passam entre a Terra e o Sol, daí esses planetas se encontrarem perto da Terra e a respectiva face não estar iluminada.
A conjunção superior, em contrapartida, ocorre quando o Sol se encontra entre os planetas interiores e a Terra. Neste caso, os planetas alcançam a sua máxima distância relativamente à Terra.
Conjunção em gramática
Uma conjunção gramatical, por sua vez, é uma palavra invariável que encabeça uma oração subordinada ou que une sequências ou vocábulos sintaticamente equivalentes. Uma conjunção enlaça palavras, sintagmas ou proposições.
“E”, “pois”, “portanto”, “assim que”, “apesar de” e “mas” são exemplos de conjunções: “Quando cai o sol, os vampiros saem das suas covas”, “Não vais treinar conosco porque chegaste atrasado”, “Fica aqui, que está quentinho”, “A decisão está tomada. Por isso, não insistas”, “Apesar de teres errado, vou dar-te outra oportunidade”, “Não foi o Ricardo quem bateu no João, mas o Pedro”.
Conjunção coordenativa e subordinada

As conjunções no contexto da gramática, como explicado, são palavras que ligam orações ou termos semelhantes numa frase, estabelecendo uma relação de sentido. E essas conjunções se dividem da seguinte forma: coordenativas e subordinativas.
Conjunções coordenativas
As conjunções coordenativas têm a função de ligar orações independentes, chamadas de orações coordenadas. Isso quer dizer que cada oração possui sentido completo por si só, ainda que esteja ligada a outra.
Há cinco tipos principais das coordenativas, sendo elas: aditivas, alternativas, conclusivas, adversativas e, finalmente, explicativas.
As aditivas são aquelas que indicam adição, somando. Um exemplo seria na seguinte frase: Gosto de cantar e dançar. Na frase anterior há “e” como conjunção aditiva. Outros exemplos são esses: mas também, nem, etc.
Já às conjunções alternativas, as mesmas expressam seleção ou alternância. Um exemplo seria na frase a seguir: Ou você vai por ali, ou vai pelo outro lado. As conjunções usadas nesse caso são: ou, ora… ora, quer… quer, seja… seja.
Por sua vez, as conclusivas são aquelas conjunções que expressam um resultado. Por exemplo: Pesquisou bastante, logo encontrou o que queria. E as conjunções usadas aqui são: portanto, logo, então, assim.
Já as adversativas expressam oposição ou mesmo contraste. Por exemplo: Quis sair, mas estava chovendo. exemplos de conjunções adversativas são: mas, porém, todavia, entretanto, contudo, etc.
Finalmente, as conjunções explicativas trazem uma justificativa, uma explicação. Por exemplo: Não saia, porque hoje está muito frio. Os exemplos de conjunções nesse caso são: pois, porque, pois (ao indicar uma explicação), etc.
Conjunções subordinativas
As conjunções subordinativas ligam orações que não possuem sentido completo sozinhas, denominadas de orações subordinadas. Elas necessitam da oração principal para que façam sentido.
Há dois tipos principais: as integrantes e as adverbiais.
Integrantes são aquelas que introduzem orações que agem como um termo da oração principal (podendo ser sujeito ou objeto). Por exemplo: Não sei se ele nos ajudará. Exemplos de conjunções aqui são: se, que, etc.
Já as adverbiais determinam uma circunstância, como tempo, causa, condição, entre outras. Por exemplo: Partiram quando parou de nevar. As usadas aqui são: quando, caso, desde que, porque, etc.
Conjunção carnal
Conjunção carnal se trata de um termo popular e informal aplicado para se referir ao ato sexual, ainda mais quando existe relação íntima entre duas pessoas. “Carnal” vem de carne, estando ligado aos desejos físicos que uma pessoa possui. Desse modo, a conjunção carnal quer dizer a união entre dois corpos na realização da relação sexual.
É comum o uso desse termo em contextos jurídicos, médicos e também religiosos a fim de tratar do ato sexual de maneira mais formal, especialmente nos casos envolvendo consentimento, casamento ou quando se trata de crimes sexuais.
Equipe editorial de Conceito.de. (17 de Janeiro de 2014). Atualizado em 4 de Maio de 2025. Conjunção - O que é, em gramática, conceito e definição. Conceito.de. https://conceito.de/conjuncao