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Pensamento abstracto

O pensamento abstracto corresponde à capacidade de assumir um quadro mental de forma voluntária. Implica a possibilidade de mudar, à vontade, de uma situação para outra, de descompor o todo em partes e de analisar simultaneamente vários aspectos de uma mesma realidade, por exemplo.

Ora, o pensamento abstracto permite discernir as propriedades comuns, planear e assumir simulacros, e pensar e agir simbolicamente. Estas habilidades, em geral, encontram-se comprometidas/debilitadas em pessoas que sofrem de transtornos mentais, como é o caso da esquizofrenia.

O pensamento abstracto difere do pensamento formal, já que este se baseia em experiências reais. O indivíduo cresce apoiando-se em objectos concretos. Por volta dos dozes anos, começa a substituir os objectos por ideias ou conceitos próprios. Posto isto, pode-se dizer que o pensamento formal é reversível e interno.

Através de um processo inconsciente, o adolescente consegue pensar de forma abstracta, formular hipóteses e preparar experiências mentais para as averiguar. O pensamento abstracto apresenta um carácter proposicional, que consiste em utilizar proposições verbais para expressar as hipóteses e os raciocínios junto dos resultados obtidos.

Convém destacar que a linguagem é o meio através do qual se pode pensar e transmitir as representações dos objectos reais. O pensamento abstracto baseia-se em esquemas formais, que são unidades do pensamento através das quais é representado o conhecimento. Os esquemas possibilitam a previsão e permitem que a pessoa se acomode às solicitações do meio, integrando assim a informação nova.

Citação

Equipe editorial de Conceito.de. (29 de Setembro de 2011). Pensamento abstracto - O que é, conceito e definição. Conceito.de. https://conceito.de/pensamento-abstracto