Chama-se socialização ou sociabilização ao processo através do qual os indivíduos aprendem e interiorizam as normas e os valores de uma determinada sociedade e de uma cultura específica. Esta aprendizagem permite-lhes obter as capacidades necessárias para desempenharem com êxito o seu papel de interacção social.
Por outras palavras, a socialização é a tomada de consciência (ou consciencialização) da estrutura social que envolve uma pessoa. O processo é possível graças à acção dos chamados agentes sociais, que são as instituições e os sujeitos representativos com capacidade para transmitir os elementos culturais apropriados. Os agentes sociais de maior relevância são a escola e a família, embora não sejam os únicos.
Os especialistas falam de dois tipos de socialização: a primária, que é o processo durante o qual a criança adquire as primeiras capacidades intelectuais e sociais, e a secundária, que ocorre quando certas instituições específicas (como a escola ou o exército, por exemplo) conferem competências específicas.
O Austríaco Sigmund Freud, o pai da psicanálise, definiu a socialização do ponto de vista do conflito, como sendo o processo através do qual os indivíduos aprendem a conter os seus instintos inatos anti-sociais.
O psicólogo suíço Jean Piaget, por sua vez, baseia-se no egocentrismo como um dos aspectos fundamentais da condição humana, o qual é controlado através dos mecanismos da socialização.
Por fim, podemos mencionar que Robert A. LeVine fez a distinção entre três momentos fundamentais no processo de socialização: a civilização (transmissão de cultura), a aquisição do controlo dos impulsos e a aprendizagem das funções.
Ao indivíduo que apresenta um comportamento antissocial é determinado o termo “sociopata”, sendo que, ao contrário de um psicopata, que já nasce com a condição de psicopatia, o sociopata desenvolve a sociopatia, ora seja através de relações sociais ou mesmo devido a traumas que tenha sofrido.
Pessoas que possuem problemas de psicopatia tendem a não terem consciência e nem respeitarem as leis, características que fazem com que essas pessoas sejam encorajadas a cometerem atos que são antissociais. Agir desse modo é uma característica ligada a essas pessoas, por tanto, a socialização torna-se algo impossível para elas.
Segundo a Associação Americana de Psiquiatria (APA, da sigla em inglês), descreve que pessoas que não são capazes de internalizar regras sociais, sendo definidas como portadoras de transtorno de personalidade antissocial (TPAS).
A falta de socialização é um tema em constante debate, uma vez que envolve muitas vertentes, tal como o caso da depressão, onde a pessoa tende a se isolar do mundo, não querendo socializar, o que pode ser muito perigoso, pois quando uma pessoa nessa condição fica sozinha, sem amparo, sem alguém para conversar, isso pode ser um impulsionador para que ela ponha sua vida em risco.
É através a socialização que as pessoas conseguem desenvolver a sua personalidade e encontram o seu lugar na sociedade. Inclusive, a socialização é algo muito importante no ambiente profissional, pois contribui para que os funcionários de uma empresa consigam alinhar seus esforços em prol de conquistarem mais resultados positivos para ela, além de contribuir para o crescimento deles em suas aeras também.
Equipe editorial de Conceito.de. (25 de Outubro de 2011). Atualizado em 17 de Agosto de 2021. Socialização - O que é, conceito e definição. Conceito.de. https://conceito.de/socializacao