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Autismo

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O transtorno do espectro autista (TEA) é conhecido também como apenas autismo

O autismo é um desdobrar patológico da personalidade sobre ela mesma. Para a psiquiatria, trata-se de um sintoma esquizofrénico que consiste em referir à própria pessoa tudo o que acontece em seu redor. Na medicina, o autismo é uma síndrome infantil caracterizada pela incapacidade congénita de estabelecer contato verbal e afetivo com outrem. O autista tem necessidade de manter o seu meio envolvente absolutamente estável.

Noutros termos, o autismo é um desequilíbrio do desenvolvimento do cérebro que compromete a comunicação e a interação social das pessoas, ocasionando um comportamento restringido e repetitivo.

As características do autismo costumam aparecer durante os primeiros três anos da infância e mantêm-se durante toda a vida. Apesar de não existir cura nem solução definitiva, o tratamento apropriado ajuda a promover um desenvolvimento relativamente normal, ao minimizar os comportamentos que são considerados inadequados.

As estatísticas indicam que o autismo afeta entre dois e dez pessoas por cada 10.000 habitantes, segundo o critério de diagnóstico que é usado. O distúrbio afeta quatro vezes mais as pessoas do sexo masculino do que as do sexo feminino. Embora se desconheçam as causas na maioria dos casos, muitos especialistas consideram que o autismo é o resultado de algum fator ambiental que interage com uma susceptibilidade genética.

O autismo pode apresentar-se com maior ou menor intensidade: as formas mais leves, como a síndrome de Asperger, podem ser praticamente imperceptíveis e, frequentemente, são confundidas com timidez ou excentricidade. Por sua vez, os casos mais severos incluem uma ausência total da fala e um comportamento extremamente repetitivo, autodestrutivo e agressivo.

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Tratamento do autismo

Nessa doença, que não dispõe de um procedimento medicamentoso conhecido ou de opções de tratamento, como cirurgia, o processo de reabilitação varia segundo a condição de cada paciente.

O também chamado de transtorno do espectro autista (TEA) possui um tratamento que é, no geral, multidisciplinar, fazendo uso de abordagens baseadas no comportamento que ajudam o indivíduo na interação e comunicação com outros.

Dependência no TEA

Mesmo que algumas pessoas com TEA consigam viver de maneira independente, há outras que possuem sérias incapacidades para isso e precisam do auxílio de outras pessoas.

Quando é utilizada alguma intervenção a fim de ajudar a pessoa que possui autismo, faz-se necessário que tal intervenção seja acompanhada por ações de maior amplitude, fazendo com que haja maior inclusão em diferentes locais, situações e atitudes.

Indivíduos com TEA frequentemente apresentam outras condições concomitantes, incluindo ansiedade, epilepsia, depressão e transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). O nível de funcionamento intelectual em indivíduos com transtorno do espectro autista é algo com extrema variação.

Há evidências de que fármacos antipsicóticos atípicos poderiam ajudar a aliviar problemas comportamentais, como comportamentos ritualísticos, auto prejudiciais e também agressivos.

Pesquisas apontam que há um risco elevado do autismo ser herdado, sendo que a genética contribuiria para aumentar em 80% o risco de uma pessoa ser portadora dessa condição.

Geralmente, não quem possui TEA não possui problema no desenvolvimento de habilidades motoras, como andar e se sentar, e nem mesmo há problemas no ganho de altura e peso. A aparência de crianças com autismo também não costuma ser diferente de outras crianças.

Outros sintomas do autismo

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Crianças com autismo possuem problemas de comunicação

O sintoma mais básico do autismo é a incapacidade da criança conseguir realizar contato visual. Pode haver situações em que ela use um olhar tímido de curto prazo ou até mesmo olhar como se houvesse contato visual.

Outro comportamento comum no autismo é que se uma criança é chamada pelo nome, geralmente, ela não responde. Esses pacientes são incapazes de falar ou falam tarde ou de forma estranha. Suas habilidades de imitação são limitadas. Eles aprendem imitações tardiamente, como cumprimentar e usar expressões faciais.

Outro comportamento bastante comum de quem possui autismo é ser muito sensível ao som e a luz, bem como ao cheiro. Desse modo, podem apresentar reações inesperadas a esses estímulos.

Crianças autistas não conseguem demonstrar seus desejos com sinais e problemas de comunicação são muito comuns. Alguns quando querem mostrar que precisam de algo, costumam puxar o braço de quem vai ao seu encontro, levantando-o, chorando, etc.

A primeira pessoa no mundo a ser diagnosticada com autismo é o americano Donald Gray Triplett, que nasceu em 8 de setembro de 1933.

Citação

Equipe editorial de Conceito.de. (11 de Março de 2012). Atualizado em 1 de Julho de 2022. Autismo - O que é, conceito e definição. Conceito.de. https://conceito.de/autismo