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Pré-consciente

A noção de pré-consciente foi dada pelo Austríaco Sigmund Freud, o inventor da psicanálise. Na sua tentativa de descobrir a sua tentativa de descobrir um modelo que explique o funcionamento da psique, Freud distinguiu entre três sistemas: o consciente, o inconsciente e o pré-consciente.

De acordo com Freud, não existe uma interrupção da continuidade na mente. Para ele, quando uma pessoa erra o nome de alguém, quando uma memória que não tem relação com a conversa vem à tona ou mesmo quando nos esquecemos de alguma palavra, não há coincidência nisso e nem acidentes sem explicação. Freud afirma que a nossa mente é composta não apenas do consciente, mas também do inconsciente e do pré-consciente. Ou seja, ele define que existem esses três níveis na mente.

O pré-consciente é uma área da psique que, embora não seja consciente, faz parte do inconsciente. Isto significa que o sistema consciente tem acesso aos conteúdos do pré-consciente através de certos procedimentos. Os conteúdos do inconsciente, por outro lado, podem chegar ao pré-consciente quando superam a censura que separa estes dois sistemas.

Muitas pessoas costumam chamar o pré-consciente de “subconsciente”, mas Sigmund Freud não utilizada esse termo para se referir e esse nível da mente.

Uma característica do pré-consciente é que os dados e informações que chegam ali não permanecem nesse lugar. E essas são informações necessárias em nossa vida, necessárias ao funcionamento do consciente, contudo que não costumamos pensar com frequência, tais com: nosso número de telefone, endereço, o nome de um amigo ou parente, a nossa comida favorita, entre outros. O que significa que essas informações não estão presentes no consciente mas elas podem ser acessadas sem problemas.

A partir de posteriores desenvolvimentos das suas teorias, Freud começou a usar o conceito de pré-consciente como adjectivo para qualificar determinados processos e operações da psique, e nem tanto para se centrar num sistema ou lugar. Os processos pré-conscientes, neste sentido, não fazem parte da consciência, mas estão ligados ao inconsciente.

Pode-se entender o pré-consciente como uma zona de trânsito entre o inconsciente e a consciência. Isto significa que os conteúdos pré-conscientes podem aparecer na consciência assim que seja necessário um processo de transformação, como ocorre com os conteúdos inconscientes.

Uma curiosidade aqui é que o pré-consciente, apesar de parecer que possui relação com o consciente, na verdade está relacionado com o inconsciente.

O sistema pré-consciente, por conseguinte, é uma via de comunicação entre a consciência e o sistema inconsciente. Um acontecimento que tenha ocorrido durante a tarde, por exemplo, pode desaparecer da consciência, passar para um estado latente do pré-consciente e finalmente incorporar-se no sistema inconsciente como um sono que se acontece durante a noite.

Ou seja, ele funciona como uma espécie de filtro tanto para as informações que chegam até o inconsciente quanto para as chegam até o consciente, ou seja, informações que passam de um nível mental para outro (do consciente para o inconsciente e do inconsciente para o consciente).

Citação

Equipe editorial de Conceito.de. (30 de Julho de 2015). Atualizado em 12 de Novembro de 2019. Pré-consciente - O que é, conceito e definição. Conceito.de. https://conceito.de/pre-consciente