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Rapsódia

Um vocábulo grego converteu-se no termo latino rhapsodĭa, que chegou ao nosso idioma como rapsódia. A noção admite várias acepções: pode-se tratar do segmento de um poema de tipo épico que se declama independentemente do conjunto da obra.

As rapsódias, neste sentido, existiam na Grécia da antiguidade quando um rapsoda tomava um troço de um poema de Homero e passava a recitá-lo, deixando de lado os restantes versos. Cabe destacar que os rapsodas eram aqueles que percorriam diversas localidades para recitar fragmentos de poemas do tal Homero ou de outros autores.

No âmbito da música, dá-se o nome de rapsódia ao tema que se compõe a partir da união livre de diversas unidades rítmicas e temáticas, que não têm relação entre si. Nos séculos passados, compositores como Johannes Brahms e Franz Liszt criaram rapsódias que se tornaram populares.

Para que se entenda melhor o conceito de rapsódia, no que se refere a música, esse é o termo empregado a uma obra que possui um único movimento, mas que tem a sua estrutura acontecendo de maneira livre e onde se faz a conexão de vários “episódios” com características distintas. Isso caracteriza uma rapsódia, no âmbito da música.

Outros exemplos de rapsódias são: Rapsódias húngaras (Franz Liszt), Première Rhapsodie (Claude Debussy), Rapsódia croata (Maksim Mrvica), e Rapsódia sobre um tema de Paganini (Sergei Rachmaninoff).

Uma outra definição para uma rapsódia seria que ela é quase que uma espécie de improviso musical. Já que nela há não apenas variações de intensidade e de ritmo, mas também variações de tonalidade, etc.

Os compositores do Romancismo foram os que mais se inclinaram para a rapsódia. Outra vez citando Franz Liszt, ele fora quem compôs uma das mais importantes rapsódias, a intitulada de “Rapsódia Húngara nº2”.

Com o passar do tempo, uma das rapsódias mais famosas é “Bohemian rhapsody” (“Rapsódia boémia”) do grupo Queen. Foi composta por Freddy Mercury e editada no disco “A night at the opera”, que foi comercializado em 1975.

“Rapsódia boémia” é formada por seis fragmentos. A uma introdução cantada a capela segue-se uma balada com piano; logo, é a vez de um solo de guitarra, uma parte de ópera, um segmento de rock e fecha com a coda. No que toca à letra, embora Mercury nunca quis dar detalhes nem precisões, interpretou-se que refletia um conflito com a sua sexualidade.

Mas há também quem interprete a canção como uma carta enviada por um pobre garoto para sua mãe, onde ele conta sobre as decisões erradas que fez (atirar em um homem) e depois ele acaba por atirar em si mesmo.

Algumas curiosidades aqui sobre essa música é que as vozes foram todas gravadas por Mercury em camadas e os outros cantores entram apenas depois, no trecho “open your eyes”.

Uma característica que quase sempre se faz presente numa rapsódia é que ela contém elementos que são extraídos de óperas, como é o caso da música citada aqui do Queen.

 

Citação

Equipe editorial de Conceito.de. (6 de Novembro de 2015). Atualizado em 31 de Janeiro de 2020. Rapsódia - O que é, conceito e definição. Conceito.de. https://conceito.de/rapsodia