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Realismo

O realismo é a forma de apresentar ou considerar as coisas tal como são. Uma postura realista não exagera nem atenua os acontecimentos/fatos. Por exemplo: “Vejamos a situação com realismo: o quadro clínico do paciente é grave, mas vamos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para o salvar” é uma frase que faz referência ao estado de saúde de uma pessoa. Se essa gravidade for comprovada, expressões como “Não tem nada, deverá ter alta dentro de poucos dias” (minimiza a gravidade) ou “É tarde demais, já não se pode fazer nada por ele” (exagera a realidade) não são realistas.

O realismo também é uma doutrina filosófica que afirma a existência objetiva dos conceitos universais. Para a filosofia moderna, o realismo é uma doutrina que sustenta que os objetos captados pelos sentidos têm uma existência independente do próprio objeto percebido.

No campo da arte, o realismo é o sistema estético que procura constituir-se como uma imitação fiel da natureza. Pode-se falar de realismo pictórico (que visa exprimir a realidade nas telas) ou de realismo literário (cujos textos pretendem oferecer um testemunho sobre a época).

O realismo mágico, por outro lado, é um movimento literário surgido na América do Sul em meados do século XX, que se caracteriza pela introdução de elementos fantásticos a meio de uma narrativa realista. O escritor colombiano Gabriel García Márquez é um dos precursores do realismo mágico.

Realismo, por fim, é qualquer opinião ou doutrina favorável à monarquia (aos reis): “Durante a época colonial, as forças do realismo confrontavam-se em sangrentas batalhas aos movimentos independentistas da América Latina”.

O realismo literário vem do contexto histórico que ocorreu na França no século XIX quando os autores do realismo se opuseram ao modo de subjetividade na linguagem do romantismo. Tem o realismo literário uma linguagem que é direta e objetiva.

Suas características são a clareza e a correção da linguagem, impessoalidade do narrador, objetividade, contenção emocional e lentidão na narrativa.

No Brasil, o realismo literário teve como seu maior autor machado de Assis com sua obra “Memórias póstumas de Brás Cubas”, assim sendo considerado como o fundador do movimento no país.

Já em Portugal tiveram como instauradores nomes como o de Antero de Quental com sua obra Primaveras Românticas. Quental foi um poeta diferente dos poetas românticos, ele era mais cético quando o assunto era amor. Houveram também outros como Eça de Queiros que pode ser considerado o autor do realismo mais esplêndido, tendo sua visão bem realista da sociedade de Lisboa. Queiros publicou obras como: A relíquia, O Crime do Padre Amaro e O Primo Basílio.

Os autores do realismo tinham como objetivo a objetividade e a fim de estarem mais próximos de pensamentos científicos e, sempre que possível, eles exaltaram o progresso da ciência. E uma característica em destaque no realismo é estar sempre em oposição ao Romantismo.

Uma obra que é considerada ícone do Realismo universal é o livro “Madame Bovary” escrito pelo romancista francês Gustave Flaubert. Outra obra que também é de destaque é a do consagrado escritor francês Émile Zola, ele escreveu o romance “Revolução Francesa”.

Citação

Equipe editorial de Conceito.de. (3 de Abril de 2012). Atualizado em 7 de Novembro de 2019. Realismo - O que é, conceito e definição. Conceito.de. https://conceito.de/realismo