São reconhecidas duas acepções do conceito de relutância. A primeira acepção indica que o termo pode ser usado como sinónimo de renuência: o asco ou o fastídio que se sente ao ter que realizar determinada actividade.
Exemplos: “As ordens do meu chefe causaram-me relutância já que ele me pede sempre para fazer coisas que não me apetece fazer”, “A relutância dos jogadores face às indicações do treinador eram evidentes”, “Nos confrontos bélicos não há espaço para a relutância: há que acatar aquilo que dizem os superiores e ponto”.
A relutância, por outro lado, está relacionada com a resistência que exerce um circuito ou um material face a um determinado fluxo magnético. Isto significa que o circuito ou material em questão resiste a passagem do fluxo magnético, opondo-se a sua força magnetomotriz.
Trata-se de um conceito similar ao de resistência eléctrica: num circuito eléctrico, a corrente segue o caminho que lhe oferece menor resistência. No caso de um circuito magnético, é o fluxo magnético que procura avançar pelo sector que exerça menor resistência magnética (isto é, que tenha menor relutância).
À medida que aumenta a relutância do material ou circuito, é necessário mais energia para conseguir a passagem do fluxo magnético através do mesmo.
É possível calcular a relutância magnética a partir da seguinte equação: a relutância (que se mede em percam por weber) é igual ao comprimento do circuito sobre a permeabilidade magnética pela área da secção do núcleo magnético.