A revolução francesa foi um processo social e político que decorreu entre 1789 e 1799 em França e que, com o tempo, se estendeu noutros países. Entre as suas principais consequências, destacaremos a queda do rei Luís XVI, acabando assim com o Antigo Regime (um sistema onde o poder recaía numa única pessoa e onde não existia a mobilidade social).
Na revolução francesa, o que aconteceu foi a queda (em cerca de três anos) da monarquia absolutista que, até então, se encontrava governando a nação por séculos.
Foi quando a população de Paris, depois que descobrem as intenções do Luís XVI (seu levante contrarrevolucionário que contaria com a ajuda da monarquia austríaca e monarquia prussiana), invade o palácio e leva tanto o rei quanto a sua família também. No ano de 1793, Luís XVI e sua esposa, Maria Antonieta, foram levados a guilhotina onde tiveram suas cabeças decepadas, chegando ao fim a Monarquia Constitucional.
No ano de 1795, ocorre que a burguesia retoma o poder, instaurando uma nova constituição e, assim, inaugurando uma nova fase para a revolução francesa. Essa fase ficou conhecida como “Diretório” e tratava-se de um órgão do qual faziam parte cinco membros quais rema indicados por deputados.
Porém, ainda no ano de 1795 a França passou por uma crise social que exigiu mais eficiência no campo político.
Com a abolição da monarquia francesa, foi proclamada a Primeira República. O período revolucionário teve contradições internas e divisões entre os seus próprios impulsores, até que, em 1799, Napoleão Bonaparte deu um golpe de estado, dando por finalizada a revolução e as suas medidas.
Após o golpe, Napoleão então tornou-se imperador da França. O que se conhece por “período napoleônico” durou de 1800 até 1815, sendo esse tempo algo marcante na história do país, pois mudou o cenário político na Europa, tendo também expandido o nacionalismo para outros países também.
E cabe ainda dizer que a era moderna conseguiu se estender a sombra do que conquistou a revolução francesa. Alguns coisas que surgiram após a revolução são: a difusão do secularismo, as ideologias modernas que conseguiram se desenvolver e houve também um crescimento nas democracias liberais, por exemplo.
A revolução francesa marcou o final do absolutismo e o surgimento da burguesia (pequenos capitalistas) como classe social dominante. O poder deixou de ser hereditário ou divino, já que, na teoria, qualquer pessoa podia ser eleita para aceder ao governo.
Convém destacar que, em 1789, a Assembleia Nacional Constituinte Francesa decretou a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão e estabeleceu o princípio de liberdade, igualdade e fraternidade como base do sistema.
Outra circunstância nascida com a revolução francesa que se manteve no tempo foi a divisão política entre a esquerda e a direita, originada pelos agrupamentos que tinham lugar dentro da Assembleia. Os conservadores e aristocratas sentavam-se do lado direito; os mais radicais (extremistas), por sua vez, ocupavam o sector esquerdo. Ali se criou a concepção de políticas de direita ou de esquerda, de acordo com o sítio ocupado pelos membros da assembleia.
Equipe editorial de Conceito.de. (18 de Setembro de 2012). Atualizado em 15 de Abril de 2020. Revolução francesa - O que é, conceito e definição. Conceito.de. https://conceito.de/revolucao-francesa