A palavra ágora provém do idioma grego, já que se referia, nas cidades (as chamadas “pólis”) dessa nação, às praças públicas e às assembleias que se celebravam na mesma. Com o tempo, o termo estendeu-se para fazer referência a outros locais de reunião ou de discussão.
Esse termo grego significa reunião de qualquer natureza, sendo que no início ela era uma tipo de reunião empregada pelo poeta Homero quando se queria fazer uma reunião geral.
A ágora surge na sequência da queda da civilização micénica e constitui-se como um centro cultural, político e comercial de cada cidade. A Ágora de Atenas, onde os Atenienses se reuniam para debater os seus problemas, foi uma das mais importantes. Atualmente, trata-se do único edifício da Grécia Antiga que ainda conserva o seu teto de origem.
A cidade espanhola de Valência construiu a sua Ágora entre 2008 e 2009, que é uma praça coberta, situada no complexo da Cidade das Artes e das Ciências, projetada pelo célebre arquiteto local Santiago Calatrava.
Por outro lado, o Agorismo é uma corrente (filosofia) anarquista que exalta a ágora como uma forma de concreção da anarquia. Segundo esta concepção, a ágora constitui uma rede de comércio voluntário, com empreendimentos empresariais por acção direta. Desta forma, as empresas privadas poderiam demover o Estado, ao passo que as relações contratuais deixariam sem efeito as relações de poder.
As antigas ágoras arcaicas possuíam estreita relação com os santuários religiosas e também com atividades de entretenimento, tais como jogos, teatros, entre outras.
Conforme o tempo foi passando, as ágoras tornaram-se o início das cidades-estados (ou pólis), sendo que cada uma delas possuía a sua própria constituição quanto a questões comerciais, econômicas, políticos (concedendo espaço para os moradores discutirem diferentes questões que lhe diziam respeito), religiosas (quando ali havia os lugares para culto do fundador da cidade ou mesmo da divindade que protegia), etc. E assim, ao redor delas foram surgindo os chamados edifícios públicos que serviriam para a realização das atividades para a comunidade.
Diz-se que a ágora foi uma invenção urbanista e sem precedentes, ou seja, não havia antes dela algo similar e, assim, ela não proveio de nenhum outro tipo de construção. E isso é porque antes não havia a necessidade de lugares para a realização de reuniões.
Quanto a sua construção, a ágora tratava-se de um espaço que era definido por marcos de pedra (não por construções). E quando os edifícios públicos foram construídos para diferentes funções da ágora, essas construções foram, então, colocadas ao longo do seu limite com o objetivo de fazer a definição do espaço no lugar de estarem diretamente no espaço da ágora. E nessas construções haviam escritórios, tribunais e também locais para que oficinais pudesse se reunir.
Por fim, convém destacar que Ágora é o nome de um filme realizado pelo Espanhol Alejandro Amenábar, protagonizado por Rachel Weisz, cuja estreia teve lugar em 2009. O filme baseia-se na história de vida de Hipátia de Alexandria, que era uma matemática e filósofa neoplatónica, acabando por vir a ser assassinada no ano de 415.
Equipe editorial de Conceito.de. (19 de Novembro de 2012). Atualizado em 20 de Novembro de 2020. ágora - O que é, conceito e definição. Conceito.de. https://conceito.de/agora