Do latim armistitium, um armistício consiste na suspensão de hostilidades que se pactua entre exércitos em conflito (período de guerra). O armistício, por conseguinte, implica o cessar-fogo, mas não necessariamente a assinatura de um tratado de paz.
Os armistícios costumam ser acordados para suspender as batalhas durante um determinado período especial, como as cidades gregas que não se atacavam durante os Jogos Olímpicos ou ainda os exércitos cristãos que aceitavam uma paz temporária na época do Natal.
Em certas ocasiões, a negociação de um armistício pode fracassar sem que se trave o conflito armado. Isto significa que, apesar da negociação entre os líderes ou as autoridades das facções em guerra, os exércitos mantêm os seus confrontos na ausência de um pacto.
Muitas das vezes, os armistícios concretizam-se, mas não chega a haver assinatura de um tratado de paz. Esse é o caso da Coreia do Sul e da Coreia do Norte, que estabeleceram um armistício em 1953 mas nunca chegaram a assinar qualquer acordo de paz.
Em geral, pode afirmar-se que o armistício é o primeiro passo para um tratado de paz. Apesar de, uma vez concluído o período acordado de não-agressão, existir a possibilidade de voltar a estalar o conflito, o mais frequente é que as autoridades políticas acabem por fazer as pazes.
Embora não seja muito frequente usar este termo, na linguagem do dia-a-dia, pode-se fazer referência a um armistício como o cessar das agressões no meio de uma discussão ou de uma briga. Exemplo: “Vamos acordar um armistício para o jantar e, a seguir, continuaremos a nossa conversa para resolver este assunto, combinado?”
Equipe editorial de Conceito.de. (24 de Outubro de 2013). Armistício - O que é, conceito e definição. Conceito.de. https://conceito.de/armisticio