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Cognitivismo

O cognitivismo é uma corrente da psicologia que se especializa no estudo da cognição (os processos da mente relacionados com o conhecimento). A psicologia cognitiva, por conseguinte, estuda os mecanismos que levam à elaboração do conhecimento.

O termo cognição deriva do latim “cognitione” que significa “aquisição de conhecimento através da percepção”. No entanto, o cognitivismo vai além disso, ele também se traduz num processo onde o que é captado é convertido para o ser interior. Por meio disso, o ser humano consegue interagir com seus semelhantes e com o meio no qual está inserido, sem contudo afetar a sua personalidade, a sua identidade. Ou seja, se inicia com a captação e logo depois vem-se a percepção.

O ato de conhecimento implica várias ações complexas, como armazenar, reconhecer, compreender, organizar e utilizar a informação que se recebe através dos sentidos. O cognitivismo procura perceber de que forma é que as pessoas entendem/percepcionam a realidade em que vivem a partir da transformação da informação sensorial.

Para o cognitivismo, o conhecimento é funcional, uma vez que um sujeito, ao encontrar-se diante de uma acontecimento por já a ter processado na sua mente (isto é, que já conhece), pode saber com maior ou menor exatidão o que lhe pode acontecer.

Os conhecimentos ajudam a que as pessoas possam desenvolver planos e fixar metas, minimizando assim as probabilidades de experienciarem consequências negativas. A conduta dos seres humanos ajusta-se ao cognitivo e às expectativas do conhecido.

O cognitivismo aparece como uma evolução da psicologia comportamentalista, uma vez que procura explicar a conduta a partir dos processos mentais. Os comportamentalistas, por sua vez, baseavam-se na associação entre os estímulos e as respostas.

O cognitivismo surgiu em oposição aos métodos do behaviorismo e também aos métodos psicanalíticos utilizados. E, ao contrário do que muitos possa pensar, o cognitivismo provem de disciplinas extrínsecas à psicologia, dentre as quais temos: a Engenharia, a Linguística, a Filosofia da Ciência, a Matemática e também a Neuropsicologia, as quais se emprestam ao cognitivismo a fim de estudar a consciência e a mente.

O cognitivismo faz uso de métodos científicos, métodos positivistas e métodos quantitativos e que façam a descrição das funções da mente como uma espécie de processamento das informações, tudo isso a fim de compreender a mente.

Os psicólogos cognitivos, por conseguinte, sublinham que, dependendo da forma como a pessoa processa a informação e entende o mundo que a rodeia, é capaz de desenvolver um determinado tipo de conduta/comportamento. Os seres humanos contrastam as novas informações com a sua estrutura cognitiva e, a partir daí, moldam as suas ações.

Há também no cognitivismo o uso de elementos pertencentes a cibernética, a teoria dos sistemas, a teoria da informação, entre outros. E todas essas áreas, assim como também e os avançados na tecnologia, além de apresentarem oposição aos métodos do behaviorismo, contribuíram para o surgimento do cognitivismo e sua metodologia no processamento das informações. Ainda, psicólogos que começam a utilizar o cognitivismo, na grande maioria das vezes, analisam como as pessoas atuam diante de determinadas situações, como elas solucionam problemas e, a partir daí, eles desenvolvem modelos para distintas situações, os quais podem ser, por exemplo, programas de computador, entre ouros.

Citação

Equipe editorial de Conceito.de. (11 de Março de 2014). Atualizado em 15 de Outubro de 2019. Cognitivismo - O que é, conceito e definição. Conceito.de. https://conceito.de/cognitivismo