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Daltonismo

Daltonismo se trata de uma condição onde o indivíduo possui dificuldade para distinguir o vermelho do verde. Mas em outros casos essa pessoa pode ter dificuldade para distinguir a cor azul da amarela.

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O daltonismo é uma condição que afeta a visão

Posto isso, o daltonismo classifica-se como um distúrbio da visão, qual pode haver em menor grau ou em maior grau. Mas existe uma pequena parcela de indivíduos, ainda, que enxerga apenas tons de cinza, preto e branco, esses sendo classificados como detetores de uma visão acromática.

Causas do daltonismo

Em quase todos os casos, o daltonismo é uma condição genética que é hereditária e também recessiva. A mesma possui relação com o cromossomo X, posto isso, são raros os casos em que ela afeta o público feminino, posto que as mulheres contam com dois cromossomos X (XX).

O fato é que para a mulher herdar essa condição ela teria que herdar também os cromossomos X tanto do pai quanto da mãe, quais devem ser daltônicos. Mas essa é uma coisa bastante difícil de ocorrer.

Nesse caso, se a mulher recebe apenas um cromossomo com daltonismo, não desenvolve o distúrbio como acontece com os homens. O que acontece é que o cromossomo normal faz a compensação dessa alteração do cromossomo com a mutação. E assim, mesmo uma mulher sendo portadora do gene com problema, ela vê as cores normalmente.

Contudo, esse gene que há na mulher pode ser transferido para os filhos, caso o pai também seja daltônico, ainda que a mulher não apresente sintomas da condição.

Pode também acontecer do daltonismo ser algo adquirido devido a um trauma que acometeu os órgãos da visão, tumor no cérebro ou por conta de um deslocamento da retina, por exemplo. Mas os casos assim são muito raros.

História do daltonismo

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Pode ocorrer o distúrbio afetando dois cones

O daltonismo, que é ainda conhecido como discromatopsia, foi descoberto no ano de 1794 pelo químico e físico britânico chamado de John Dalton (nascido em 1766 e que faleceu em 1844). Foi esse cientista ainda que formulou a chamada de teoria atômica. Dalton apresentou ao mundo a descrição dessa mutação genética da qual ele mesmo era portador.

Mas foi apenas em 1801 que se teve uma explicação científica para essa condição, qual foi apresentada por Thomas Young, um físico inglês, que explicou como essa sensibilidade que os olhos possuíam quanto as cores.

Contudo, foi apenas meia década depois que a teoria de Young foi melhor trabalhada, sendo o responsável por isso o físico e fisiologista alemão conhecido como Hermann von Helmholtz. Com isso, o que até então era uma hipótese se tornara uma teoria aceita em todo o mundo.

Segundo a teoria trabalhada por Young e Helmholtz, a retina conta com três espécies de células sensíveis, que são os cones. Cada um desses cones conta com sensibilidade a um dos comprimentos de onda de luz (longo, médio e curto), sendo:

Protan (protanopia): o cone sensível ao vermelho;

Deutan (deuteranopia): aquele cone que possui sensibilidade ao verde;

Tritan (tritanopia): é o que possui sensibilidade ao azul.

Desse modo, existe uma percepção de cores limita se um ou mais desses cones não está funcionando devidamente.

Tipos de daltonismo

Essa condição que gera dificuldade em enxergar as cores pode ser classificar e três tipos:

– Protanopia: aqui há uma redução ou mesmo não existe o pigmento vermelho (os cones para essa cor são reduzidos ou imitidos), que são sensíveis para as ondas que possuem um comprimento longo. O indivíduo com esse tipo de daltonismo, ao invés de enxergar vermelho, costuma enxergar em tons de marrom, cinza ou verde, por exemplo;

Deuteranopia: já aqui a pessoa tem uma ausência ou diminuição dos cones para a cor verde, que possuem sensibilidade para as ondas de comprimento médio. E quem sofre com esse tipo costuma ver em tons de marrom;

– Tritanopia: por fim, esse tipo se caracteriza pela redução ou ausência dos cones para enxergar ondas curtas para os tons de amarelo e azul. O indivíduo com essa condição costuma enxergar no lugar tons rosados.

Mas cabe dizer que pode haver quem tenha esse distúrbio da visão o acometendo em dois cones, conseguindo apenas distinguir uma das cores, geralmente sendo capaz de verde apenas vermelho ou verde.

Como é feito o diagnóstico dessa condição

Para o diagnóstico do daltonismo, há distintos exames que o paciente pode realizar. E esses exames ainda apontam o grau da condição. Esses exames são: o anomaloscópio de Nagel, as lãs de Holmgreen e, ainda, o teste de cores de Ishihara.

O teste de cores de Ishihara, por exemplo, faz uso de cartões contendo pontos coloridos, onde no centro dos mesmos há números ou alguma letra, os quais só poderão ser identificados por quem não possui o daltonismo. Mas no caso das crianças que ainda não receberam a alfabetização, existem cartões com desenhos ou figuras geométricas que são de fácil reconhecimento para elas.

Citação

SOUSA, Priscila. (24 de Novembro de 2022). Daltonismo - O que é, causas, história e tipos. Conceito.de. https://conceito.de/daltonismo