O empirismo é o conhecimento que resulta da própria experiência. Também se trata de um sistema filosófico baseado, precisamente, nos dados da experiência.
Para a filosofia, o empirismo é uma teoria do conhecimento que dá ênfase ao papel da experiência e da percepção sensorial na formação de ideias. Para que o conhecimento seja válido, deve ser provado através da experiência, convertendo-se assim na base de todos os conhecimentos.
Da mesma forma, o empirismo na filosofia da ciência sugere que o método científico deva dispor de hipóteses e teorias comprovadas através da observação do mundo natural. O raciocínio, a intuição e a revelação ficam subordinados à experiência.
E no geral, o empirismo descarta as verdades que vão além do misticismo.
O Inglês John Locke (1632-1704) foi o primeiro a formular explicitamente a doutrina do empirismo. Locke considerava que o cérebro de um bebé recém-nascido é como uma tábua rasa, onde as experiências deixam marcas. Como tal, o empirismo considera que os seres humanos não têm ideias inatas. Nada pode ser entendível sem alusão à experiência.
Assim sendo, o empirismo filosófico opõe-se ao racionalismo, o qual sustenta que o conhecimento se obtém através da razão, para lá dos sentidos ou da própria experiência.
Filósofos como Thomas Hobbes e David Hume também ajudaram a impulsionar essa corrente filosófica.
Porém, mesmo que o empirismo defenda a ideia de que tudo deve ser pautado na experiência, o próprio John Lock possuía alguns pensamentos que são considerados como sendo do racionalismo (que acredita que todo saber deve ser pautado na razão).
No caso racionalismo, ali era defendido que o conhecimento era algo inato nos seres humanos, em outras palavras, que o conhecimento era algo que já se encontrava no intelecto do ser humano.
Locke defendia que há um erro nas estruturas cartesianas quando elas separam o ser humano em corpo e alma, pois, segundo ele, o ser humano se constitui de corpo e alma e simultâneo, não havendo separações. E, assim, a alma induz o corpo ao conhecimento, uma vez que não existe o que é descrito como conhecimento racional que é inato.
No empirismo é defendido que a experiência é a base para a formação da estrutura cognitiva, assim, se a experiência for algo vasto, então o conhecimento que uma pessoa terá também será vasto, profundo e muito rico. Para o filósofo grego Aristóteles a experiência é a originadora do conhecimento, o que contrariava as teses de Platão, teses essas que eram inatistas.
Cabe dizer que o empirismo refere-se a teoria do conhecimento e possuía as suas origens na filosofia de Aristóteles. Empirismo é um termo derivado da palavra “empeiria” (do grego) que quer dizer “experiência”.
O filósofo escocês David Hume (1711-1776) acrescentou ao empirismo um ponto de vista séptico, permitindo-lhe contrariar os princípios em que acreditavam Locke e outros pensadores. Para Hume, o conhecimento humano divide-se em duas categorias: a relação de ideias e a relação de factos.
Equipe editorial de Conceito.de. (12 de Outubro de 2011). Atualizado em 16 de Fevereiro de 2021. Empirismo - O que é, conceito e definição. Conceito.de. https://conceito.de/empirismo