Futurismo é um movimento artístico italiano do século XX. Ele foi fundado em 1909 pelo poeta Filippo Tommaso Marinetti, depois que ele publicou o chamado Manifesto futurista, o primeiro documento programático desse movimento.
No dia 20 de fevereiro do ano de 1909 Marinetti publica, no jornal intitulado de “Le Figaro”, uma nota um tanto polêmica apresentando o movimento.
Marinetti e seus companheiros afirmavam que a arte deveria ser algo revolucionário, indo contra os modelos tradicionais (na realidade os destruindo). E o manifesto foi feito com essa intenção, buscando desorganizar tudo, sair do padrão, com alguns trechos citando violência e destruição, ressaltando uma luta contra o moralismo.
Filippo Tommaso Marinetti colaborou com o futurismo no romance, já Umberto Boccioni foi a pintura, enquanto Antonio Sant’Elia ofereceu contribuição da arquitetura e Francesco Balilla Pratella, por sua vez, foi na música.
Características do futurismo
O futurismo caracterizou-se por exaltar a tecnologia e a modernidade. E nele temas comuns eram as guerras, aviões, automóveis, entre outros. Tais temas eram comuns na poesia daqueles adeptos do futurismo.
Esse movimento artístico cultuava também à velocidade. E o mesmo teve como representantes na Europa nomes como os pintores Luigi Russolo, Carlo Carrà, Giacomo Balla, Umberto Boccioni e Gino Severini.
No Brasil, o futurismo foi o responsável por originar o chamado modernismo (tendência artístico-cultural ou estilo de época que se deu na primeira metade do século XX). Na realidade, ali ele serviu como base.
No ano de 1919, quando Filippo Tommaso Marinetti, o criador do futurismo, filiou-se ao Partido Nacional Fascista, ele começou a fazer uso do movimento para divulgar o fascismo.
Do mesmo modo que outros movimentos de vanguarda, esse se originou num período onde havia tensão política entre as superpotências do mundo, desencadeando a Primeira Guerra Mundial. Mas o que também contribuiu para isso foi o desenvolvimento da tecnologia, qual fora aplicada nos transportes e na comunicação, melhorando o modo como as pessoas se comunicavam.
Conta-se que esse teria sido o mais radical de todos os movimentos de vanguarda, pois o movimento cultuava à guerra e a violência. Por conta disso, havia uma agressividade que se notava ultrapassar os limites estéticos.
Mas entre os artistas modernistas brasileiros de 1920, houve uma enorme preocupação para desprezar qualquer vínculo direto com a estética futurista, o que se configurou numa posição ideológica que era oposta ao fascismo representado por Marinetti.
E com isso muitos modernistas optaram pelo afastamento de quem criou o futurismo, exceto alguns como: Graça Aranha, Ronald de Carvalho e Manuel Bandeira, que fizeram a recepção de Marinetti quando ele realizou a primeira palestra no Brasil no ano de 1926.
Futurismo e modernismo
Mário de Andrade foi o responsável pela adoção do termo “modernismo” a fim de designar a nova estética em construção no país. Até aquele momento, dava-se o nome de futuristas também para os artistas que faziam parte da vanguarda no país.
No entanto, a adoção do termo não tinha alguma relação com a visão nacionalista que os modernistas no Brasil tinham, com eles procurando a definição da sua identidade na nação.
Mas além de tudo isso, havia um problema com a impressa não conseguindo fazer diferenciação entre os movimentos (modernismo e futurismo). A mesma lidava com os dois movimentos como e se eles fossem apenas uma coisa
Elementos aplicado no futurismo
Para os que seguiam o modernismo, o foco era em representar o movimento e rejeitar tudo relacionado a imobilidade. E dentre os elementos que o futurismo havia adotado se pode destacar os seguintes:
– Antitradicionalismo: poder criar de maneira livre, estando avesso a tradição. As pessoas seriam capazes de criar aderindo ideias modernas e futuristas;
– Defendia a “higiene mental”: e nesse caso, o que se entendi como sujidade seria o pensamento tradicional, qual teria que ser eliminado;
– Renovação: esse elemento descrevia que a construção de uma coisa dependia da destruição de outra;
– Perspectiva otimista: essa tinha sua inspiração dada pela revolução na tecnologia qual o mundo experimentava e que tinha relação com o futuro das pessoas;
– Iconoclastia: em desacordo com tradições, símbolos ou convenções
– Se exaltavam as máquinas como aviões e automóveis;
– Havia também uma exaltação para a guerra e a violência, assim como para a velocidade (como a velocidade nas comunicações);
– Dava-se valor ao que era heroico, dinâmico e grandioso.
O futurismo foi um movimento forte especialmente na Itália e na França. Nesses dois países, inclusive, os artistas tinham uma identificação com o fascismo. Com vários integrantes do grupo passando a seguir o partido fascista, esse movimentou perdeu força depois da Primeira Guerra Mundial, mesmo sendo depois retomado durante dadaísmo.
No ano de 1910, alguns artistas resolveram elaborar um manifesto futurista voltado em especial para a pintura. Tal documento recebeu a assinatura de Carlo Carrà, Gino Severini, Luigi Russolo, Umberto Boccioni e também de Giacomo Balla.
SOUSA, Priscila. (15 de Janeiro de 2023). Futurismo - O que é, características, conceito e definição. Conceito.de. https://conceito.de/futurismo