O conceito idealismo tem duas grandes acepções. Por um lado, trata-se da capacidade da inteligência para idealizar. Por outro lado, o idealismo é uma corrente filosófica que considera a ideia como sendo o princípio do ser e do conhecer.
O idealismo filosófico, como tal, afirma que a realidade que se encontra fora da própria mente não é cognoscível por si só, já que o objecto do conhecimento humano é sempre construído pela atividade cognoscitiva.
É chamado de idealista quem adota o idealismo como a sua doutrina filosófica.
O idealismo, visto isto, opõe-se ao materialismo, que é uma doutrina segundo a qual a única realidade é a matéria. Os idealistas subjetivos acreditam que a entidade em si é incognoscível, mas que a reflexão permite aproximar-se do conhecimento. Para os idealistas objetivos, no que lhes diz respeito, o único objecto que se pode conhecer é aquele que existe no pensamento do sujeito.
O materialismo e o idealismo, no entanto, possuem uma semelhante que se encontra na valorização que ambos possuem pela ética.
É possível estabelecer uma distinção, segundo o idealismo, entre o fenômeno (o objecto tal como nós o experimentamos; um acontecimento observável) e o númeno (o objecto ou evento que é conhecido sem a ajuda dos sentidos). A realidade é composta pelo conteúdo da consciência do sujeito: isto é, por aquilo que percepcionamos e não por aquilo que é.
Foi o filósofo Platão o criador do chamado pensamento idealista. Ele resume essa ideia na alegoria intitulada de “Mito da Caverna”, onde ele relata que o mundo sensorial é uma sombra que precisa ser superado pela luz da razão e verdade universal. Para ele, o que é ideal possui identificação com o que é bom.
Tempos depois, na Alemanha, o idealismo como linguagem filosófica recebe uma continuidade na abordagem, agora sob o pensamento de Immanuel Kant. Tendo início em mais da metade do século XVIII e indo até meados do século XIX. Depois disso, a partir do século XIX, o idealismo na Alemanha passa a ser abordado por um grupo de filósofos quais eram denominados de pós-kantianos.
Um outro defensor do idealismo foi Friedrich Hegel, contudo ele era contra as ideias de Kant. Para Hegel, a razão e seus conteúdos se transformavam por intermédio da própria razão. Ele também afirmava que a razão é a própria história, logo, essa seria a razão dela não se encontrar na história.
A corrente filosófica do idealismo de Hegel se fundamentou na ideia da autoconsciência, com o intuito de recuperar a parte do estudo filosófico que estuda a natureza mais geral do ser, da realidade, da existência (o que se conhece por ontologia), como sendo a lógica desse ser ser.
Na linguagem coloquial, o idealismo está associado à crença em valores que caíram em desuso e ao optimismo. Um idealista crê que a moral, a ética, a bondade e a solidariedade, por exemplo, se conseguem impor face a conceitos contrários. Por exemplo: “O meu avô foi sempre um idealista que lutou por um mundo melhor”.
Também, é costume chamar de idealista uma pessoa que é muito sonhadora, nesse caso, há também o uso do termo “visionário”.
Equipe editorial de Conceito.de. (2 de Abril de 2011). Atualizado em 17 de Julho de 2020. Idealismo - O que é, conceito e definição. Conceito.de. https://conceito.de/idealismo