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Inferência

Inferência é a ação e o efeito de inferir (deduzir algo, tirar uma conclusão de outra coisa, conduzir a um resultado). A inferência surge a partir de uma avaliação mental entre distintas expressões que, ao serem relacionadas como abstrações, permitem traçar uma implicação lógica.

Ao partirmos de hipóteses ou argumentos, é possível inferirmos uma conclusão (podendo ser verdadeira ou falsa). Por exemplo: “Ainda não recebi a confirmação oficial por parte da empresa, aquilo que te digo é apenas uma inferência minha”, “Cada vez que joga a seleção, a Mariana falta ao trabalho: a minha inferência é que, amanhã, vamos estar sozinhos no escritório”, “Não nos podemos guiar por inferências. Temos, sim, de aguardar que os factos sejam confirmados antes de tomarmos uma decisão”.

O silogismo é uma forma essencial de inferência. Trata-se de uma forma de raciocínio dedutivo formada por duas proposições (premissas) e uma conclusão. Esta conclusão é a inferência que se deduz necessariamente das duas premissas.

A veracidade da conclusão dependerá das regras que regulam a relação entre as premissas comparadas. A garantia de verdade do novo juízo é a lógica, que deverá estabelecer distintas classificações das premissas.

Nem todas as inferências oferecem conclusões verdadeiras. É possível afirmar que todos os cães são animais peludos de quatro patas, mas não se pode inferir que todos os animais peludos que tenham quatro patas sejam cães.

Um exemplo de inferência que oferece uma conclusão verdadeira seria: “todos os homens possuem olhos, sendo que Pedro é um homem, por tanto, Pedro é um homem”. A esse processo conhecemos como processo dedutivo, onde, a partir de uma informação chegamos a uma dedução.

Vejamos outros exemplos onde temos premissas falsas que podem levar a uma conclusão falsa, por exemplo: “todas as roupas são de seda, uma toalha é de seda, logo uma toalha é uma roupa”.

Cabe aqui dizer que podemos ter inferências válidas ainda que as premissas usadas sejam falsas e que também podemos uma inferência falsa mesmo que as premissas sejam verdadeiras.

Aqui um exemplo com forma falsa e que leva a uma conclusão falsa: “todas as pessoas altas tocam guitarra, como Marcelo é alto, então Marcelo é um guitarrista”.

Temos também aquela que é conhecida como inferência imediata, a qual se traduz numa conclusão obtida por meio de apenas uma proposição ou mesmo afirmação. Um exemplo dela seria: “todos os pássaros tem asas”, sendo assim, temos a inferência imediata de que não existem pássaros sem asas.

Esse tipo de inferência é direta, logo, se tivermos um outro enunciado como: “nem todos os pássaros tem asas”, logo podemos concluir que ele se trata de algo falso. E isso nos ajuda a identificar quando uma preposição não é verdadeira, ou seja, se a primeira preposição é verdadeira, então a segunda (nesse exemplo) se torna automaticamente falsa.

Algumas palavras usadas como sinônimo de inferência são: consequência, conclusão, implicação, entre outras.

As inferências costumam produzir-se a partir de uma análise de características e de probabilidades. Se alguém fizer referencia a um animal de quatro patas, peludo e que abana a cauda, pode-se inferir que o mais certo é que se esteja a referir a um cão.

Citação

Equipe editorial de Conceito.de. (4 de Novembro de 2012). Atualizado em 20 de Março de 2020. Inferência - O que é, conceito e definição. Conceito.de. https://conceito.de/inferencia