A palavra medo provém do termo latim metus. Trata-se de uma perturbação angustiosa perante um risco ou uma ameaça real ou imaginária. O conceito também se refere ao receio ou à apreensão que alguém tem de que venha a acontecer algo contrário àquilo que pretende.
O medo é uma emoção que se caracteriza por um intenso sentimento habitualmente desagradável, provocado pela percepção de um perigo, seja ele presente ou futuro, real ou suposto. O medo é uma das emoções primárias que resultam da aversão natural à ameaça, presente tanto nos animais como nos seres humanos.
Sob a perspectiva da biologia, o medo é um esquema adaptativo e constitui um mecanismo de sobrevivência e de defesa que permite ao indivíduo responder face a situações adversas rápida e eficazmente.
Assim sendo, o medo é algo essencial para o ser humano em muitos casos. Podemos tomar como exemplo casos em que, devido ao medo, deixamos de seguir por um determinado caminho perigoso.
Outro exemplo, também nesse caso, seria ao atravessar a rua: sem o medo, a pessoa atravessaria a rua sem olhar para os lados para ver se há algum carro vindo e correria o risco de ser atropelada.
Desse modo, nem sempre ele é desagradável, mas há momentos em que o medo de faz importante. Para que o homem sobrevivesse até hoje o medo foi importante, o fazendo não se expor a perigos desnecessários como enfrentar animais extremamente perigosos, por exemplo, que poderiam ameaçar sua vida.
Para a neurologia, o medo é uma forma comum de organização do cérebro primário dos seres vivos, com a ativação da amígdala alojada no lóbulo temporal.
Do ponto de vista da psicologia, o medo é um estado afetivo e emocional, necessário para o organismo se adaptar ao meio.
Relativamente ao aspecto social e cultural, o medo faz parte do carácter de uma pessoa ou de uma organização social; posto isto, pode-se aprender a não temer.
O medo pode se desenvolver por conta de um trauma e, assim, sempre que uma pessoa está diante de uma situação similar à que fora vivida, então ela sente medo. Por exemplo: uma pessoa que vivenciou um acidente de trânsito agora pode ter medo de sair de carro ou de dirigir.
Mas o medo também pode se desenvolver com o tempo, ou seja, de maneira progressiva, por exemplo: uma pessoa que sempre sofre bullying dos colegas (seja na escola, trabalho, etc) devido ao seu peso, nível de inteligência, etc., com o tempo desenvolve um medo de se expor, de expor suas ideias, etc.
Existem casos em que a pessoa não sabe o motivo de ter medo e isso acontece porque a amígdala é mais ágil do que o córtex pré-frontal (responsável por guardar as memórias de maneira lógica, organizada), assim, a pessoa sente medo, porém não sabe ainda o motivo de tê-lo.
O medo aparece na arte como uma forma de entretenimento. Por isso, constitui só por si um género narrativo (como os contos ou os romances de terror) e um género cinematográfico (os filmes de terror).
Equipe editorial de Conceito.de. (15 de Março de 2012). Atualizado em 30 de Outubro de 2020. Medo - O que é, conceito e definição. Conceito.de. https://conceito.de/medo