Monoteísmo é um conceito religioso que remete à crença num único Deus ou divindade suprema.
A palavra “monoteísmo” vem do grego “monos”, que significa “único”, e “theos”, que significa “Deus”. O monoteísmo se trata de algo oposto ao politeísmo, que é a crença na existência de vários deuses ou divindades.
O monoteísmo é uma das formas mais antigas e influentes de religião em todo o mundo. Ele é praticado por muitas das principais religiões, como é o caso do judaísmo, do zoroastrismo, também do cristianismo e do islamismo.
No caso do Islamismo, ela é uma das religiões mais populares em todo o mundo e segue crescendo em número de seguidores. A mesma tem uma presença significativa em vários países. Os ensinamentos do Islamismo baseiam-se na doutrina da submissão e obediência à lei de um único deus, Alá (ou Alah), os quais foram transmitidos ao profeta Maomé, considerado o último e mais importante dos profetas pelos seguidores dessa religião.
Origens do monoteísmo
O monoteísmo possui uma história complexa e diversificada, que remonta a milhares de anos. Algumas das primeiras religiões monoteístas conhecidas incluem o judaísmo e o cristianismo. Mas há ainda o atonismo e o zoroastrismo.
O judaísmo se trata de uma das religiões monoteístas mais antigas que existem, com origens que remontam a Abraão, considerado o patriarca do judaísmo. O judaísmo ensina que há um único Deus, que é onipotente (possui todo o poder), onisciente (possui todo o conhecimento) e onipresente (pode estar em todos os lugares ao mesmo tempo).
Zoroastrismo é outra religião monoteísta antiga. Essa teve sua origem na antiga Pérsia. Fundada por Zoroastro (também conhecido como Zaratustra), o zoroastrismo ensina que há um único Deus, Ahura Mazda ou Aúra-masda, o criador e governante de todo o universo. O zoroastrismo é conhecido por sua ênfase na luta entre o bem e o mal, além da crença na vida após a morte.
Por fim, o atonismo é uma forma de monoteísmo praticada no antigo Egito durante o reinado de Akhenaton, que governou de 1353 a 1336 a.C. O atenismo cria num único deus, Aton, o deus do sol. O atenismo foi uma tentativa de reforma religiosa que acabou sendo malsucedida, contudo, ela teve uma influência significativa na história do monoteísmo.
Monoteísmo no cristianismo, islã e outras religiões
O cristianismo, que se caracteriza como a maior religião do mundo em termos de número de seguidores, se baseia na crença em um único Deus, que é adorado como a Santíssima Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
No cristianismo é ensinado que Deus é amoroso e compassivo. Também é disseminado que esse Deus enviou seu filho, Jesus Cristo, a fim de redimir a humanidade do pecado.
Também há a fé Bahá’í, que acredita no monoteísmo.
A fé Bahá’í é uma religião que surgiu no século XIX, no Irã. Seu fundador foi Bahá'u'lláh, quem pregava a existência de um único ser divino de suprema sabedoria, o responsável por criar todas as coisas no universo.
Para os seguidores dessa fé, seu deus seria inacessível aos homens, mas ele se expressaria através da religião para educar a humanidade.
Os Bahá’í têm a crença de que todas as religiões são verdadeiras e foram estabelecidas por esse único deus. Eles compreendem que, mesmo que as religiões pareçam diferentes, todas contêm as mesmas verdades fundamentais. Eles acreditam que as religiões sirvam para ensinar aos povos o que é necessário para viver em harmonia com tudo a sua volta.
Os Yazidís, que integram a etnia curda, se tratam de uma comunidade pré-islâmica do Iraque. Também são adeptos do monoteísmo, tendo como representante na terra Melek Taus.
Mais religiões monoteístas incluem o sikhismo, que se originou na Índia no século XV e ensina a crença num único Deus, o qual é amoroso e compassivo, e o bahá'ísmo, que se originou no século XIX no Irã e ensina também que há um único Deus, o qual se comunica com a humanidade por meio de seus mensageiros divinos.
O papel do monoteísmo na sociedade
O monoteísmo tem caracteriza como uma força poderosa na história da humanidade. Ele molda o modo como as pessoas pensam de si mesmas, o mundo e o divino.
A crença em um único Deus se caracteriza como um fator unificador para muitas culturas e sociedades, pois possibilita que as pessoas encontrem um senso de significado e propósito na vida.
Contudo, o monoteísmo ainda tem sido uma fonte de conflito e divisão. As diferenças nas crenças religiosas, em muitos casos, levam a conflitos violentos entre grupos religiosos, especialmente na Ásia e no Oriente Médio.
Além disso, o ato de crer num único deus poderia ser usado para justificar a intolerância e a discriminação contra grupos minoritários ou outras religiões. E também, é possível que algumas interpretações religiosas sejam usadas com o objetivo de reforçar estereótipos e preconceitos existentes, no lugar de promover a igualdade e a justiça.
SOUSA, Priscila. (19 de Abril de 2023). Monoteísmo - O que é, na sociedade, conceito e definição. Conceito.de. https://conceito.de/monoteismo