O termo pária, que tem origem no português pária, refere-se ao sujeito que não desfruta dos mesmos benefícios ou direitos que outros. Um pária, por conseguinte, costuma ser considerado alguém inferior, embora o uso concreto do termo varie de acordo com o contexto.
Na Índia, um pária não faz parte de nenhuma das castas tradicionais. Também chamado delito, costumava ser discriminado e era evitado qualquer contacto com ele, pertencendo à classe social mais baixa e sem ter nenhuma possibilidade de progresso. Actualmente, este grupo social só se encontra em certas regiões rurais, mas ainda é vítima de perseguições e ataques.
Noutros âmbitos, conhece-se como pária a pessoa que está afastada das suas origens, seja da sua família, da sua pátria, etc. O pária, neste sentido, é um órfão (seja simbolicamente/em sentido figurado ou em sentido literal) ou alguém que não tem raízes.
Exemplos: “O gaúcho deambulou pelo deserto como pária durante oito longos meses”, “Quando faleceram os meus pais, saí do país e fui viver para a América Central como pária”.
Nas cadeias de certos países, o pária é o recluso que não recebe visitas familiares ou de amigos, pelo que se destaca o seu fecho em solidão. Os párias, por conseguinte, não recebem nenhuma ajuda do exterior e não tem acesso a cartões telefónicos, cigarros, abrigo e outros objectos.
Os párias nas prisões costumam ser maltratados e, quase como acontece com a dita casta índia, sofrem a discriminação por parte dos outros detidos.