É no latim vulgar tardio que se encontra a origem etimológica do verbo perecer que agora vamos abordar. Em termos concretos, deriva de “perescere” que, por sua vez, procede de “perire” que significa “morrer”.
O verbo perecer refere-se à finalização de algo. Pode-se tratar do fim da existência, da vida útil ou de outra questão. Exemplos: “Antes de perecer, o poeta convocou as suas filhas e entregou-lhes diversos pertences que desejava que se apoderassem”, “Temos que evitar que o pinheiro centenário morra: perecendo, perderemos uma parte da nossa história”, “Não se deve deixar perecer os alimentos, uma vez que se se comer uma vez o prazo vencido, pode ser prejudicial para a saúde”.
Perecer é usado frequentemente como sinónimo de falecer ou de morrer. Uma pessoa que perece, por conseguinte, é aquela que perde a vida por algum motivo: “O motorista pereceu no acto com as feridas sofridas ao embater contra o paredão! É uma expressão que é equivalente a outras como “O motorista morreu no acto com as feridas sofridas ao embater contra o paredão” ou “O motorista faleceu no acto com as feridas sofridas ao embater contra o paredão”.
As empresas, as organizações e outras entidades também podem perecer, no sentido de deixar de existir: “A empresa, ao perecer, deixou cinquenta pessoas na rua, no desemprego”, “O grupo de rock pereceu quando o vocalista resolveu começar uma carreira a solo”.
Os alimentos perecem, por sua vez, quando se descompõem ou apodrecem, deixando de estar comestíveis. A maior parte desses produtos incluem um prazo de validade, o que significa que, depois dessa data, não é recomendado ingerir o alimento em questão. Os alimentos que, devido às suas características, não estão sujeitos a estragarem-se num curto espaço de tempo, são considerados não perecíveis.
Neste sentido, há que salientar que existem dois grupos claros de alimentos, os perecíveis e os não perecíveis. Estes últimos são os que sempre, em situações de crise económica ou de tragédias a grande escala, são solicitados por parte de ONG´s e entidades de diversa índole para poder ajudar pessoas que carecem de recursos para sobreviver.
Posto isto, por exemplo, havendo alguma catástrofe natural, é habitual que se peça à população de todo o mundo que colabore com os sobreviventes, que perderam tudo o que tinham, dando-lhes comida. Nestes casos, pede-se alimentos não perecíveis que possam chegar ao seu destino em condições óptimas.