A semiótica é a teoria geral dos signos. Esta ciência trata do estudo dos signos na vida social, à semelhança da semiologia. Ambos os conceitos são considerados sinónimos pelo dicionário da Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora, ainda que os especialistas estabeleçam algumas diferenças.
Alguns sustentam que a semiótica inclui todas as restantes ciências que se dedicam ao estudo dos signos em determinados campos do conhecimento. A semiótica, neste sentido, aparece como uma ciência do funcionamento do pensamento, destinada a explicar como é que o ser humano interpreta o entorno/ambiente envolvente, cria conhecimento e partilha o mesmo.
Outros especialistas definem a semiologia como sendo a ciência que trata dos estudos associados à análise dos signos em geral, tanto linguísticos (relacionados com a semântica e a escrita) como semióticos (os signos humanos e da natureza).
Por signo linguístico entende-se a associação mais importante na comunicação humana. É formado por um significante (a imagem acústica) e um significado (uma ideia que se tem em mente relativamente a uma palavra qualquer). Para Charles Peirce (1839-1914), o signo é uma entidade composta pelo significante (o suporte material), pelo significado (a imagem mental) e pelo referente (o objeto real ou imaginário a que o signo faz alusão).
As características fundamentais do signo linguístico são a arbitrariedade, a mutabilidade, a imutabilidade e a linearidade.
A semiótica é vista como algo essencial para áreas como da filosofia, antropologia e da sociologia.
É válido dizer que a semiótica possui ligação estreita com a comunicação, seja ela verbal ou não-verbal. Para Umberto Eco, um semiólogo e romancista italiano, todo fenômeno cultural pode ser estudado como uma forma de comunicação.
Há semióticos que dão prioridade para dimensões da ciência que sejam lógicas. E eles também fazem análise de áreas que pertençam as ciências da vida (a exemplo disso tem-se como os organismos preveem e conseguem adaptar-se ao seu nicho semiótico no planeta). De modo geral, a semiótica estuda não apenas os signos, mas, ainda, grupos de signos.
Quanto a origem da semiótica, conta-se que ela se originou na mesma época em que a filosofia, por exemplo. E a semiótica tem se desenvolvido de forma continua desde a Grécia Antiga até os dias atuais. Mas foi somente depois de cerca de três séculos que surgiram aqueles que se apelidaram como os pais da semiótica.
Quando num âmbito especifico, a semiótica surge para o estudo linguístico, de gestos, notação musical, de sistemas de sinalização (tais como os sinais de trânsito), entre outros. Ou seja, ele possui um cunho mais gramático.
Por outro lado, num âmbito mais geral, ela ganha um significado mais filosófico, agora não dedicando-se a análise dos sinais, senão construindo esses sinais de forma teórica e, com isso, passando a explicar fenômenos que aparentam não serem similares.
No âmbito da medicina, por fim, a semiótica é a área que se dedica ao tratamento dos sinais/sintomas das doenças/patologias com base no diagnóstico e no prognóstico.
Cabe dizer que o estudo da semiótica cobre muitos objetos, uma vez que consiste em qualquer tipo de signo social: gestos, música, religião, cinema, fotografia, entre outros.
Equipe editorial de Conceito.de. (22 de Fevereiro de 2012). Atualizado em 9 de Abril de 2021. Semiótica - O que é, conceito e definição. Conceito.de. https://conceito.de/semiotica