O preconceito é a ação e o efeito de formar um julgamento sem razão objectiva e de forma antecipada. Trata-se, por conseguinte, de uma opinião que é dada sobre algo ou alguém sem fundamento ou análise crítica, o que acontece quando se conhece mal ou não se conhece de todo essa coisa/pessoa.
Por exemplo: “Achar que todos os Árabes são fundamentalistas sem sequer ter ido à Asia é um preconceito”, “Deixa-te de preconceitos e anima-te a usar camisas coloridas”, “Sempre jurei para mim mesmo que nunca teria qualquer caso amoroso com uma mulher de outra cultura, mas não passava de preconceitos”.
Uma frase bastante comum que remete ao preconceito é “julgar um livro pela capa”, ela significa rotular uma pessoa de boa ou má, de inteligente ou não, de capaz ou não, etc., sem antes tê-la conhecido, ter convivido com ela. Nesse caso, apenas olha-se para sua aparência e a pessoa já constrói uma visão de como essa pessoa é. Assim, a pessoa é definida de acordo com as percepções dessa outra pessoa.
Posto isto, os preconceitos formam-se a partir de opiniões que surgem antes de julgar a determinação das evidências/provas. Noutros termos, um preconceito é uma crítica que se realiza sem ter suficientes elementos prévios para a fundamentar. Se uma pessoa que nunca tenha estado em França disser que os Franceses são pouco afetuosos e frios na forma de tratamento, estará a emitir um preconceito e a reproduzir um estereótipo.
Estas formas de pensar inserem-se, por assim dizer, na discriminação. Os preconceitos tendem a ser negativos (repugnar algo ou alguém antes de ter o conhecimento suficiente para o julgar com motivos) e gerem a divisão entre as pessoas: se um sujeito estiver convencido de que “fulano de tal” é má influência, não se aproximará do mesmo, nem sequer para o conhecer e averiguar se tem ou não razões para achar isso dele.
Uma pessoa pode ser preconceituosa com a religião da outra sem a tê-la conhecido ou mesmo por conta de seguir outra religião ou nenhuma.
O preconceito também surge quando alguém se nega a provar um tipo de comida por considerá-la ruim, mas sem antes tê-la provado.
Uma pessoa também pode ser preconceituosa quanto a capacidade de um profissional quando ele relaciona suas crenças ao ambiente de trabalho, por exemplo: “não irei contratar aquele designer porque, apesar de ser muito eficiente, ele é de outra religião que a minha.
Mas, apesar desses e de outros tipos de preconceitos, o que é mais debatido é o preconceito presente nas relações humanas. Esse sendo motivo da existência de muitas obras, reuniões, teses, etc., ao redor do mundo.
O preconceito, infelizmente, pode também existir entre as crianças: uma criança pode ser discriminada pela roupa que veste, pelo cabelo, pelos brinquedos que possui ou não possui, pelo modo de falar, entre outros. Nesse caso, em muitas instituições de ensino tem sido adotados jogos e brincadeiras a fim se trabalhar esse assunto com as crianças.
Para a psicologia, os preconceitos cognitivos são distorções que alteram a forma como as pessoas encaram a realidade. Vários destes processos foram verificados de forma empírica pelos científicos. Os preconceitos levaram a Igreja Católica a refutar/negar, em seu tempo, provas científicas que comprovavam que a Terra girava em torno do sol, entre muitas outras.
Equipe editorial de Conceito.de. (18 de Novembro de 2012). Atualizado em 14 de Julho de 2020. Preconceito - O que é, conceito e definição. Conceito.de. https://conceito.de/preconceito