Entende-se por bem-estar o conjunto de fatores de que uma pessoa precisa para gozar de uma boa qualidade de vida. Estes fatores levam o sujeito a gozar de uma existência tranquila e num estado de satisfação.
O bem-estar social engloba portanto as coisas que incidem de forma positiva na qualidade de vida: um emprego digno, recursos económicos para satisfazer as necessidades, um lar para viver, acesso à educação e a saúde, tempo para o lazer, etc. Apesar de a noção de bem-estar ser subjetiva (aquilo que é bom/favorável para uma pessoa pode não sê-lo para outra), o bem-estar social está associado a fatores económicos objetivos.
Por exemplo: num país onde uma família típica (quatro integrantes) necessita de 1200 euros mensais para satisfazer as suas necessidades básicas, todas as famílias que auferem rendimentos inferiores a esse valor dificilmente conseguem usufruir de um bem-estar social. É muito provável que os membros de um agregado familiar que vivam com apenas 600 euros por mês sofram de distúrbios (carências) alimentares e tenham uma menor expectativa de vida.
O Estado deve tratar de promover o bem-estar social entre todos os seus cidadãos. Para esse efeito, são necessárias medidas e políticas que corrijam as injustiças próprias do mercado capitalista. A distribuição do rendimento e o desenvolvimento de serviços sociais livres e gratuitos para todas as pessoas são condições necessárias para alcançar o bem-estar social.
A possibilidade de expandir o bem-estar social a todos os estratos sociais implica a existência de riqueza (para responder aos gastos estatais); posto isto, compete também a cada governo assegurar a criação de riquezas.
Assim, o que é conhecido como Estado de Bem-estar Social que é quando o Estado intervém no campo social e econômico realizando o combater a desigualdade por meio de ações no tocante a distribuição de renda para a população e também a prestação de serviços públicos básicos. Em inglês esse termo é “Welfare State”.
O Estado de Bem-estar Social, que também é conhecido como Estado Providência e Estado Social, defende o direito da população quanto a educação, a saúde, segurança, etc. Um modelo que é usado nas políticas públicas quanto a isso é o Keynesiano, de John Maynard Keynes, o qual defende a intervenção do Estado e não a visão do livre mercado.
Escolas de pensamento econômico dispersaram a participação do Estado na organização econômica, dando lugar ao Liberalismo. Era um modelo que concedia mais liberdade para o mercado e no qual não havia a regulamentação do Estado, contudo ele vigorou até o século XX. Daí, a partir de 1930 passou a vigorar o Estado de Bem-Estar Social, um modelo no qual o Estado organizara a política e a economia, promovendo também a defesa da população.
Para que esse modelo ocorra, o Estado alia-se a empresas privadas e também a sindicatos e, assim, ele visa garantir os serviços públicos essenciais e também a segurança da população.
Esse modelo era o principal nos países ocidentais durante a segunda metade do século XX e defendia o desenvolvimento do mercado, contudo isso era acompanhado das políticas públicas e também da interferência do Estado na economia.
Equipe editorial de Conceito.de. (21 de Janeiro de 2012). Atualizado em 22 de Outubro de 2020. Bem-estar social - O que é, conceito e definição. Conceito.de. https://conceito.de/bem-estar-social