Uma bolsa é uma embalagem, um receptáculo ou um recipiente que permite conter algo no seu interior. Amniótico, por sua vez, é aquilo que está relacionado com o âmnios (a bolsa que reveste um embrião).
Dá-se o nome de bolsa amniótica, por conseguinte, ao revestimento de membranas que se desenvolve na oitava ou nona semana da fecundação para cobrir o embrião. A bolsa amniótica é composta pelo âmnios (a membrana interna que contém o feto e tem líquido amniótico) e pelo córion (a membrana exterior que faz parte da placenta e alberga o âmnios).
No interior da mesma, o feto fica abrigado, pode mobilizar-se e encontra-se a uma temperatura estável. O líquido amniótico aumenta de volume no interior do âmnios à medida que o feto se vai desenvolvendo. Este líquido encontra-se em circulação uma vez que o feto o inala e traga mas, por sua vez, também o expulsa.
Cabe destacar que, entre o âmnios e o córion, o saco amniótico apresenta uma camada com uma elevada quantidade de fibroblastos e colagénio que possibilita a expansão do saco. É importante ter em conta que o saco amniótico é muito maior no nono mês de gestação, quando o bebé pode pesar cerca de três quilos, do que nas primeiras semanas.
O nível do líquido no seio do saco amniótico deve manter-se dentro de certos parâmetros. Quando o saco amniótico apresenta poço líquido, ocorre aquilo que se conhece pelo nome de oligohidramnios. Em contrapartida, se o líquido que há no interior do saco amniótico for excessivo, fala-se de polihidramnios.
Ruptura da bolsa amniótica
Quando há a ruptura da bolsa amniótica, isso indica que a gestação chegou ao final. E isso acontece de modo espontâneo nesse período. Com essa ruptura, então começa-se o trabalho de parto.
Acontecendo essa ruptura, o líquido amniótico sai da bolsa e vai para o corpo da mãe, com o bebê nascendo nas horas seguintes. Mas além do rompimento espontâneo, ele pode ainda ser provocado, quando o especialista precisa induzir o parto. Mas esse processo se precisa do acompanhamento do obstetra ou ginecologista, ainda mais quando esse é realizado antes das 28 semanas, que seriam 7 meses, pois antes desse período poderiam haver complicações sérias.
E além de servir para a proteção do feto ao longo do seu desenvolvimento, a bolsa amniótica também é importante para que haja as trocas gasosas, com isso o embrião recebe o oxigênio necessário, o qual pode ou não vir do cordão umbilical.
Parto empelicado
É chamado de parto empelicado a condição onde o bebê nasce ainda envolvido pela bolsa amniótica. Essa é uma condição rara, onde a bolsa não se rompe de forma espontânea, como deveria acontecer, mas ainda assim a mãe entra em trabalho de parto e tempos depois o bebê nasce envolvido por essa bolsa.
Mas após esse tipo de parto, então o médico realiza o rompimento da bolsa para que a criança seja removida dali. É feito um corte pequeno nessa bolsa e especialistas afirmam que não existem riscos nem para o bebê e nem para a mãe.
Há uma estimativa de que 1 a cada 80 mil bebês nasçam com essa condição. Outra coisa é que não se pode prever por meio de exames que um parto será assim. Mas há relatos de mulheres que tiveram esse tipo de parto que contam que sentiram menos dor no processo.
Bolsa amniótica em ovos
Mas a bolsa amniótica também existe em animais, tais como nos mamíferos, ajudando a envolver e proteger o filhote ao longo do seu desenvolvimento até o momento do parto
No entanto, em animais como aves, répteis e também nos mamíferos monotremados, o âmnio envolve o embrião juntamente ao saco vitelino. Mas, nesse caso, a função dessa bolsa para esses animais está mais relacionada com o permitir da troca de gases e também para que haja o excretar de resíduos metabólicos, pois é função da casca do ovo proteger o embrião, enquanto que a nutrição se dá pelo vitelo, que se encontra no saco vitelino.
Equipe editorial de Conceito.de. (29 de Fevereiro de 2016). Atualizado em 6 de Maio de 2022. Bolsa amniótica - O que é, conceito e definição. Conceito.de. https://conceito.de/bolsa-amniotica