A placenta é o órgão que surge no cordão umbilical e que permite a intermediação entre a mãe e o seu bebé (ou a cria) enquanto ocorre a gestação.
Graças à placenta, que se fixa ao útero, o bebé pode nutrir-se/alimentar-se, respirar e expulsar dejetos. Mas além disso, é função da placenta também a produção de hormônios que são essenciais para a gravidez, tais como estrógenos, progesterona e do hormônio HCG (Gonadotrofina Coriônica humana (hCG), que é o responsável por impedir a destruição do corpo lúteo e também faz a estimulação da produção de esteroides.
A placenta é um órgão que possui o formato de um disco e que encontra-se em boa parte dos mamíferos, os quais são considerados eutérios, enquanto que há outros, como os prototérios, em que esse órgão é ausente.
Existem diferentes tipos de placenta conforme a espécie. No caso dos seres humanos, a placenta é dita hemocorial uma vez que o tecido do feto chega a estabelecer contato com o sangue da mãe.
À medida que avança a gravidez, a placenta perde grossura para que as trocas sejam mais intensas. Uma vez que se produz o parto, este órgão não deve cumprir com mais nenhuma função, pelo que a mãe a expulsa. Alguns animais, e inclusive seres humanos dependendo da cultura, podem comer a placenta, uma vez eliminada do corpo materno.
Versões da placenta para aqueles que optam pelo seu consumo
A ingestão da placenta recebe o nome de placentofagia. Existem motivos físicos que justificam essa conduta: tendo em conta os seus componentes, pode facilitar a secreção do leite materno e reduzir o stress que se produz pelo parto, por exemplo. Há uns anos houve um grande alarido quando o ator Tom Cruise garantiu que iria comer a placenta da mãe da sua filha Suri embora depois o tenha negado.
E com cada vez mais pessoas querendo consumir a placenta, passou-se a utilizar esse órgão em diferentes formas, tais como a produção de cápsulas com elas, onde a placenta é transformada em pó, em forma de tintura e, ainda, na forma de pomadas que são usadas na pele e são, até mesmo, aplicadas nos bebês (especialmente os recém-nascidos).
Há as que são denominadas de placenteiras, que são mulheres especializadas em fazer a manipulação de placentas e, posteriormente, transformar esse órgão num dos produtos citados. O termo placenteira surgiu no México para descrever essas mulheres, tendo surgido entre as que já praticava tal procedimento.
Conhece-se pela designação de placenta prévia, por outro lado, um problema que pode acontecer durante a gravidez quando este órgão adere à região inferior do útero, o que pode fazer com que se bloqueie o colo do útero. A placenta prévia, por conseguinte, impede que o feto saia do útero pelo canal de parto.
Placenta como obra de arte
Mas além do uso da placenta como elemento medicinal, há ainda quem a use como elemento para a arte.
Existem placenteiras que usam esse órgão para a elaboração de obras de arte, tal como a que usa o sangue da placenta para marcar a forma do órgão num papel em branco. Há até mesmo aquarelas feitas com o uso de tintas e usando o papel em que a placenta foi marcada.
Carece de estudos que comprovem os seus benefícios
Esse uso da placenta para consumo, e onde é descrito que ela possui propriedades benéfica para a saúde, é chamado de medicina da placenta. Contudo, essa prática não possui comprovação científica
O CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças) dos Estados Unidos, já havia alertado que o consumo da placenta poderia ser prejudicial para a saúde, alertando para que as mães não consumissem a cápsula, pois fora feito um estudo que indicava que um recém-nascido tinha contraído uma perigosa infecção devido a isso.
Há um alerta também pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, que desaprova o uso da placenta para consumo, dado que não há um embasamento cientifico que comprove os benefícios dessa prática.
Equipe editorial de Conceito.de. (2 de Abril de 2015). Atualizado em 9 de Março de 2022. Placenta - O que é, benefícios, conceito e definição. Conceito.de. https://conceito.de/placenta