Convivência é a acção de conviver (viver em companhia de outro ou outros). No seu sentido lato, trata-se de um conceito relacionado com a coexistência pacífica e harmoniosa de grupos humanos num mesmo espaço. Por exemplo: “O governo deve garantir a convivência dos diversos grupos étnicos sem que se produzam estalidos de violência”, “Já são três meses de convivência”.
O ser humano é um ser social. Nenhuma pessoa vive absolutamente isolada do resto, uma vez que a interacção com outros indivíduos é imprescindível para o bem-estar e a saúde. A convivência, de qualquer forma, pode ser difícil devido às diferenças de todo o tipo (sociais, culturais, económicas, etc.) que existem entre os homens.
Desde que nascemos somos destinados a sermos seres sociais. A primeira convivência que o ser humano tem é com seus pais e familiares, em seguida com os colegas na escola e assim por diante. Até chegar ao ponto de construir sua própria família e conviver com seu cônjuge e filhos.
Há também a convivência com os colegas de trabalho, a qual difere da convivência familiar, mas não deixa de ser um tipo de convivência. Nesse ambiente há diferentes questões ocorrendo, mas aqui, mesmo com suas diferenças, todos trabalham em prol de um objetivo. Há, inclusive, uma preocupação quanto a boa convivência no trabalho, a qual beneficia tanto a empresa quanto aos funcionários.
O respeito e a solidariedade são dois valores imprescindíveis para que a convivência harmoniosa seja possível. Obviamente, existem diferentes níveis ou tipos de convivência: a convivência com a família no seio do lar é bastante diferente da convivência com outros seres humanos no âmbito de uma comunidade (um bairro, uma cidade), tendo em conta que a intimidade de ambos os casos é incomparável.
Diversas correntes defendem que a consciência do “Eu” só se pode ter lugar a partir da existência do Outro. Nessa interdependência social que se produz na convivência, a pessoa define-se a si mesma.
No que diz respeito a convivência geral, ela é algo um tanto quanto complexo, já que exige que haja respeito, paciência, tolerância, entre outros. E isso de ambas as partes envolvidas.
Os problemas de convivência podem ter impacto na saúde física. Alguns estudos demonstram que os imigrantes apresentam um maior índice de doenças cardíacas do que os habitantes locais/nativos, uma situação que se explica a partir da ausência de laços de amizade e do apoio dos familiares. Uma melhor convivência, com laços sociais estreitos, contribui para o bem-estar.
Diversos estudos apontam também que pessoas que vivem sozinhas tem maior chance de desenvolverem problemas mentais como depressão, a sofrer com doenças de vários tipos, tem maior propensão a cometerem suicídios, entre outros. O que não quer dizer que a independência não seja importância, pelo contrário, ela é essencial para todo ser humano, mas a companhia também é algo essencial.
Não são poucas as pessoas que reclamam que o convívio com outras pessoas não é algo fácil, porém mesmo assim essas pessoas não abandonam o convívio com seus familiares e amigos e da sociedade em geral. Por isso especialistas em sociologia afirmam que o ser humano nasceu para o convívio social.
Atualmente, com a ampliação dos contatos virtuais (por meio de redes sociais, por exemplo) o contatos reais tem sido diminuídos. Uma conversa via chat, por exemplo, não tem o mesmo impacto que uma conversa cara a cara.
Equipe editorial de Conceito.de. (22 de Janeiro de 2013). Atualizado em 11 de Junho de 2019. Convivência - O que é, conceito e definição. Conceito.de. https://conceito.de/convivencia