O uso do termo osmolaridade é habitual em diversos âmbitos da medicina, da biologia e do setor farmacêutico.
Em química, existem várias unidades de medidas importantes, dentre as quais podemos citar o PH, que identifica se uma substancia é ácida ou alcalina, ou o Kelvin (K) usado para medir a temperatura.
Porém, existem ainda outras medidas menos convencionais, e também com sua importância, como é o caso da osmolaridade ou concentração osmótica, como também é conhecida.
Dá-se o nome de osmolaridade à medida que expressa o nível de concentração dos componentes de diversas dissoluções. O conceito deriva da pressão osmótica que muda nas células do organismo quando se introduz a dissolução em questão.
A expressão é realizada em osmoles por litro, sendo o osmol (Osm) uma unidade de medida que indica a quantidade de moles presentes num composto. Esta unidade não faz parte do Sistema Internacional. Em certas substâncias, fala-se de osmolalidade (com um L em vez de um R), que tem características diferentes e que se menciona de acordo com os osmoles que há em cada quilograma de água.
A osmolaridade diz respeito às propriedades da osmose, o fenômeno que surge a partir da interação do soluto (um sólido) com uma membrana. Isto provoca a difusão simples do soluto pela membrana sem que se perca energia.
É importante entender que um soluto trata-se de uma substância que é dissolvida pelo solvente a fim de criar uma solução. Por exemplo: quando sal é dissolvido na água ele se torna um soluto, criando uma solução salgada. Ou, mesmo, quando colocamos açúcar na água ele também se torna um soluto, fazendo com que a água se torne doce.
No exemplo do sal como soluto, o que ocorrerá é que ele se dissolverá e irá se dissociar em partículas de sódio (Na+) e de cloreto (Cl), resultando numa solução salgada.
As soluções podem ser classificadas em hipertônicas, hipotônicas e isotônicas, de acordo com a sua respectiva osmolaridade, sendo que:
– As soluções que possuem uma osmolaridade relativamente mais alta se classificam por hipertônicas, as quais possuem uma elevada concentração de soluto e, consequentemente, ela possui menos água;
– Já as soluções com uma osmolaridade baixa são classificadas como hipotônicas, onde há baixa concentração de soluto e, nesse caso, a água passa para uma concentração mais baixa a fim de realizar a dissolução do soluto e gerar equilíbrio;
– Por fim, temos a solução isotônica que se caracteriza por ser uma solução onde há a mesma quantidade de água e de solução, ou seja, há a mesma osmolaridade e nenhum fluxo líquido de água.
Aquilo que faz a osmolaridade é refletir a concentração das moléculas dos componentes osmoticamente ativos dentro de uma solução. Essa unidade é usada pelos médicos e farmacêuticos, entre outros profissionais.
Importa calcular a osmolaridade em diversos estudos da fisiologia para saber como se realiza a difusão de uma substância através das membranas celulares, o que estará relacionado com a pressão exercida pelo soluto.
Equipe editorial de Conceito.de. (6 de Março de 2015). Atualizado em 29 de Maio de 2019. Osmolaridade - O que é, conceito e definição. Conceito.de. https://conceito.de/osmolaridade