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Pensamento complexo

A noção de pensamento complexo foi assim denominada pelo filósofo francês Edgar Morin e refere-se à capacidade de interligar diferentes dimensões do real. Perante a emergência de acontecimentos ou de objetos multidimensionais, interativos e com componentes aleatórios, a pessoa vê-se obrigada a desenvolver uma estratégia de pensamento que não seja redutora nem totalizante, mas reflexiva. Morin chamou essa capacidade de pensamento complexo.

Este conceito opõe-se à divisão disciplinar e promove uma abordagem transdisciplinar e holística, mas sem abandonar a noção das partes constituintes do todo. A sistémica, a cibernética e as teorias da informação sustentam o pensamento complexo.

O pensamento complexo também é conhecido pelos nomes de teoria da complexidade, desafio da complexidade, pensamento da complexidade ou simplesmente como complexidade.

E além de ser usado na epistemologia, o pensamento complexo é aplicado também na filosofia, na pedagogia, na matemática, física, economia, informática, psicologia, arquitetura e mais diversas outras áreas.

Cabe dizer que o pensamento complexo, por muitas vezes, surge como um sinônimo de epistemologia da complexidade (ramo da filosofia da ciência que fora inaugurado por Edgar Morin, Ilya Prigogine e Isabelle Stengers na década de 70).

Pode-se dizer que o pensamento complexo baseia-se em três princípios fundamentais: a dialogia (a coerência do sistema aparece com o paradoxo), a recursividade (a capacidade da retroação de modificar o sistema) e a hologramia (tomar a parte pelo todo e o todo pela parte).

O pensamento complexo, por conseguinte, é uma estratégia ou uma forma do pensamento que tem uma intenção globalizadora ou abarcante dos fenómenos mas que, ao mesmo tempo, reconhece a especificidade das partes. A solução passa pela rearticulação dos conhecimentos através da aplicação dos princípios mencionados.

Tudo o que está relacionado com o pensamento complexo está relacionado com a epistemologia (a doutrina dos métodos do conhecimento científico). O objeto de estudo da epistemologia ou da teoria do conhecimento é a produção e a validação do conhecimento científico através da análise de diferentes critérios.

O sociólogo e pensador francês, Edgar Morin, sugere uma reforma de pensamento que segue em direção a um pensamento complexo e que concede assistência para uma interpretação da realidade de modo mais contextualizado.

Há como elementos essenciais de um pensamento complexo a auto-eco-organização (uma nova maneira de ver a indissociabilidade entre sujeito e mundo) e o sujeito cognoscente (quem realiza um ato de conhecimento através do pensamento), sendo esses dois fatores determinantes para a construção desse pensamento.

Morin busca por meio desse pensamento trazer de voltar o conhecimento que até então se encontra adormecido, sendo que para fazer isso é feito um reagrupamento da unidade e da diversidade. Mas conforme o tempo passou, logo, as teoria valeram apenas para estudos por área e se tornou pouco compreendida a complexidade das questões do ser humano.

Em suma, essa teoria de Edgar Morin tem como base os elementos que ele considera como os pilares da ciência moderna que são: ordem, separabilidade e também a lógica indutiva e lógica dedutiva.

Citação

Equipe editorial de Conceito.de. (7 de Setembro de 2013). Atualizado em 17 de Dezembro de 2020. Pensamento complexo - O que é, conceito e definição. Conceito.de. https://conceito.de/pensamento-complexo