Pródigo é, por extensão, na área do direito, o indivíduo que esbanja o seu património sem justificação, o que provoca prejuízos para a sua família e o impede de cumprir com as suas obrigações materiais. Quando um juiz emite uma sentença firme e declara que alguém é pródigo, é lhe atribuído um curador que deve autorizar certos atos jurídicos.
A essa pessoa, por conseguinte, é-lhe aplicada aquilo que se conhece pelo nome de prodigalidade. Para que o juiz declare a prodigalidade, tem de haver um pedido prévio dos seus descendentes ou ascendentes, do seu cônjuge, dos seus representantes ou até do fisco.
O magistrado deverá comprovar que o sujeito em questão põe em perigo o seu patrimônio sem nenhuma justificação. Uma vez o indivíduo declarado pródigo, este fica sob o regime de curatela: deste modo, o juiz pode anular atos determinados que não tenha aprovado o curador.
Pródigo, noutro sentido, é o adjetivo que qualifica aquilo ou aquele que dispõe ou que oferece algo que dispõe ou que oferece algo em quantidades elevadas. Exemplos: “Graças a este terreno pródigo, pudemos obter alimentos durante muitos anos”, “Não há campos pródigos nesta província”.
Ainda, costuma-se falar de filho pródigo quando o descendente de uma família regressa à casa paterna, tempo depois de se ter tornado independente.
Parábola do filho pródigo
A parábola do filho pródigo é uma das histórias mais conhecidas contadas por Jesus. A mesma é encontrada na bíblia sagrada, no evangelho de Lucas, especificamente no capítulo 15 e versículo 29.
Essa história começa com um homem que tinha dois filhos. O filho mais novo pede para o pai que lhe dê a sua parte da herança, então o pai concorda e faz isso. Em seguida esse filho parte para uma terra distante e começa a gastar tudo o que tinha em uma vida de prazeres e excessos.
No entanto, uma grande fome atinge a região e o filho começa a passar necessidades. Ele decide voltar para casa e pedir perdão ao pai por ter agido daquele modo. Enquanto ainda está a caminho de casa, o pai o vê e corre ao seu encontro, abraçando-o e beijando-o, o filho então roga pelo seu perdão.
O pai ordena que sejam trazidas as melhores roupas e um anel para aquele filho, mandando ainda matar o novilho mais gordo para celebrar seu retorno. O filho mais velho, que nunca havia deixado o pai e trabalhava duro para manter a propriedade, fica ressentido com a atitude dele, mas o pai lhe diz que ele sempre esteve com ele e que tudo o que é dele também é dele.
Essa parábola é considerada uma lição sobre o amor de Deus e seu perdão incondicional. O filho pródigo representa aqueles que se afastam de Deus e buscam os prazeres do mundo, porém que ainda assim são amados por Deus e podem voltar a ele a qualquer momento. O pai representa Deus, que sempre recebe seus filhos em seus braços, independentemente das escolhas passadas deles.
Prodígio e pródigo
Algumas pessoas podem confundir esses dois termos, mas embora as palavras “pródigo” e “prodígio” possam soar semelhantes, elas possuem significados bastante distintos
O termo “pródigo”, como explicado, é usado para descrever alguém que gasta dinheiro ou recursos de forma imprudente ou extravagante. É ele é frequentemente usado para descrever quem desperdiça sua fortuna em luxos ou prazeres efêmeros.
Já o termo “prodígio” é usado para descrever uma pessoa, coisa ou mesmo um evento que é considerado extraordinário, excepcional ou notável. Pode se referir a uma criança prodígio, por exemplo, que demonstra habilidades incomuns em uma idade jovem, ou a um evento prodigioso, como um fenômeno natural incomum ou um acontecimento notável, tido como extraordinário.
Equipe editorial de Conceito.de. (29 de Maio de 2015). Atualizado em 14 de Abril de 2023. Pródigo - O que é, conceito e definição. Conceito.de. https://conceito.de/prodigo