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Astrofísica

astrofísica
A astrofísica alia conhecimento da física para estudo do universo e corpos celestes

Astrofísica é o ramo da astronomia focado em estudar sobre o universo e os seus corpos celestes. E para isso ela analisa as propriedades físicas e processos que acontecem nos corpos celestes e no universo de modo geral.

Desse modo, a astrofísica estuda sobre os astros com o uso, em especial, de conhecimento e métodos da física.

É através dela que se investigam os fenômenos cósmicos, a exemplo da formação, evolução e morte de estrelas, sobre a originação dos elementos químicos, sobre a matéria escura e a energia escura, a cosmologia, expansão do universo, buracos negros, entre outras coisas.

Os profissionais que atuam nessa área recebem o nome de astrofísicos, esses usam observações telescópicas, realizam experimentos laboratoriais e também a modelagem em computador a fim de entender os princípios fundamentais existentes na física e usá-los nos objetos celestes.

Por meio da astrofísica, foca-se em compreender a estrutura e o funcionamento do universo na sua vastidão e complexidade, o que amplia o conhecimento a respeito da natureza e lugar dos seres humanos no cosmos.

Se tem pouco tempo, veja o índice ou o resumo com os pontos-chave.

Um pouco da sua história

A história da astrofísica começou no momento em que os cientistas trouxeram seus conhecimentos físicos até suas observações astronômicas. E o primeiro a fazer isso foi Johannes Kepler. O astrônomo alemão Johannes institui leis para o movimento planetário que ajudam a explicar o universo através de teorias da Física. E Kepler é tido como o primeiro astrofísico ou, ainda, como um pai para a Astrofísica.

Contribuições partiram também de Galileu Galilei, que descobriu que havia milhares de estrelas na galáxia Via Láctea, também sobre a existência das luas de Júpiter e as manchas do Sol.

Instrumentos usados na astrofísica

conceito de astrofísica
Há diferentes instrumentos usados na astrofísica que ajudam nos estudos e pesquisas

Na astrofísica, uma diversidade de instrumentos é usada na coleta de dados e observação do universo em variados comprimentos de onda e também escalas de energia.

Um exemplo desses instrumentos são os telescópios ópticos, a exemplo do Telescópio Espacial Hubble. Esses instrumentos captam luz visível e propiciam imagens detalhadas sobre as estrelas, galáxias e nebulosas.

Além desses, há ainda os telescópios de rádio, a exemplo do Radiotelescópio de Arecibo. Instrumentos desse tipo detectam as ondas de rádio emitidas pelos objetos celestes, o que possibilita os estudos dos fenômenos astrofísicos, como pulsares (relacionados as estrelas) e quasares.

Já quando o objetivo é observar o universo em comprimentos de onda ultravioletas e infravermelhos, usam-se os telescópios espaciais, a exemplo do Spitzer e do GALEX. Esses telescópios conseguem adentrar em nuvens de poeira cósmica e analisar objetos que liberam radiação em tais faixas de comprimento de onda.

Nas escalas menores, há o uso de detectores de partículas visando estudar raios cósmicos e também partículas subatômicas provenientes de eventos astrofísicos extremos, tal como no caso de supernovas e buracos negros. Exemplos nesse caso incluem os detectores de neutrinos e também os detectores de raios cósmicos

Mas além desses, instrumentos de simulação computacional, a exemplo dos chamados de supercomputadores, são usados na modelagem de fenômenos astrofísicos complexos, tais como a concepção de galáxias e a evolução do universo. Esses instrumentos são essenciais para a compreensão da física do cosmos e para o avanço do conhecimento no campo da astrofísica.

Linhas de pesquisa da astrofísica

A astrofísica é um campo amplo e multidisciplinar, qual é divido em cinco linhas de pesquisa, segundo definido pelo INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), sendo essas linhas as seguintes:

  • Astrofísica de altas energias: uma linha de pesquisa focada na detecção de radiação gama e raios-X que veem de objetos astrofísicos. Ela usa satélites e balões espaciais nos processos de observações, analisando fenômenos como buracos negros, estrelas de nêutrons e explosões de supernovas;
  • Cosmologia: aqui é quando se investiga a radiação cósmica de fundo em micro-ondas (RCF) e emissões de rádio e micro-ondas terrestres a fim de compreender a origem, evolução e também a estrutura do universo em ampla escala, compreendendo ainda a distribuição de matéria e energia;
  • Astrofísica óptica e no infravermelho: já essa linha estuda sobre as radiações eletromagnéticas visíveis e infravermelhas que são emitidas pelos corpos celestes. Com o uso de telescópios ópticos e infravermelhos, foca-se em saber sobre os processos como formação e evolução das estrelas, assim como a constituição e dinâmica de galáxias;
  • Astrofísica de ondas gravitacionais: voltada ao estudo e a detecção das ondas gravitacionais liberadas pelos fenômenos astrofísicos extremos, onde se tem como exemplo as fusões de buracos negros e estrelas de nêutrons. Além do mais, há um foco na exploração de possíveis teorias gravitacionais alternativas para a Teoria da Relatividade Geral de Einstein;
  • Radiofísica solar e do meio interplanetário: por fim, há a linha da radiofísica solar e do meio interplanetário, a qual investiga os fenômenos solares e a interação deles com o meio interplanetário, o que inclui: estudos a respeito da atividade solar, vento solar, tempestades solares e como impactam no ambiente espacial perto da Terra.
Citação

SOUSA, Priscila. (1 de Abril de 2024). Astrofísica - O que é, história, conceito e definição. Conceito.de. https://conceito.de/astrofisica