Curriculum vitæ (ou currículo, em português) é um conceito latim que significa “carreira da vida”. Surgiu em contraposição e por analogia a cursus honorum, que se utilizava para denominar a carreira profissional dos magistrados romanos. Embora os países lusófonos também reconheçam a expressão original (“curriculum vitae”), como forma de simplificar o conceito, tendem mais a usar o termo português (“currículo”) e, inclusive, a abreviatura C.V.
O currículo não é algo novo, há cerca de 3500 anos, no antigo Egito, algo similar a isso já era conhecido: os estudiosos e artistas costumavam gravar em pedras ou mesmo em papiros os seus feitos. Assim, tínhamos algo parecido a descrição de competências do currículo.
Hoje em dia, a palavra currículo permite referir-se ao conjunto de experiências de um sujeito, entre elas as laborais (profissionais), as educacionais (formação) e as vivenciais. O currículo tornou-se um requisito incontestável na hora de se apresentar em busca de um emprego.
No curriculum vitae não se registram apenas as experiências de trabalho em empregos fixos, mas estudantes também podem listar nesse documento os projetos acadêmicos em que participaram, por exemplo.
Pode-dizer que cada pessoa tem o seu próprio estilo na hora de elaborar o seu currículo ainda que os especialistas aconselhem a respeitar determinadas regras de base de modo a que o potencial empregador tenha um acesso simplificado à informação e, desta forma, prender a sua atenção (na medida em que este tenha vontade de ler o currículo em questão).
Existem três grandes tipos de currículo no que diz respeito à forma como são organizados os dados: o cronológico (ordena a informação laboral desde a função desempenhada mais antiga à mais recente; não é recomendado para aqueles que tenham tendência a mudar de emprego com alguma frequência), o invertido (destaca a experiência laboral mais recente, ideal para quem procura um novo posto de trabalho que tenha uma relação com o atual) e o funcional (organiza a informação por bloques temáticos, sendo esta uma opção útil para quem tenha experiencia em áreas muito diversas).
Para além destes estilos pessoais, existem também currículos normalizados que são estabelecidos pelas instituições oficiais. A nível europeu, por exemplo, existe o CV Europass, ao passo que a Fundação Espanhola para a Ciência e Tecnologia (FECYT) promove atualmente o projeto Currículo Vitae Normalizado de I+D+i (Investigação, Desenvolvimento e Inovação).
O currículo, como conhecemos hoje, passou por muitas modificações. Antigamente, ele era visto como uma espécie de documento, onde, além de nome, formação, escolaridade, experiência profissional e contatos, o candidato precisava incluir número de documento, deveria explicar cada cargo que ele exerceu, apresentar dados sobre sua formação desde o primário, entre outros.
Também, nos currículos antigos, o candidato precisava assinar o currículo e escrever um texto declarando que todas as informações ali contidas eram verdadeiras, caso contrário eles deveria responder sob as penas da lei.
Conforme o tempo passou, o currículo foi diminuindo a quantidade de informações que eram solicitadas e que o deixavam muito burocrático e, consequentemente, acabou diminuindo a sua quantidade de páginas. E, hoje em dia, há a inclusão de novas informações como perfis em redes sociais.
Uma coisa interessante é que em cada país a quantidade de páginas que contém num curriculum vitae costuma variar, por exemplo: nos Estados Unidos ele geralmente possui apenas uma página, enquanto que no Brasil a quantidade de páginas é de, em média, duas. Já na Europa ele pode conter 3 ou mais páginas.
Equipe editorial de Conceito.de. (5 de Janeiro de 2012). Atualizado em 16 de Janeiro de 2020. Currículo - O que é, conceito e definição. Conceito.de. https://conceito.de/curriculo