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Discurso

Na linguagem quotidiana, um discurso é uma mensagem. Trata-se do ato verbal e oral de se dirigir a um público, com o objetivo de comunicar ou expor algo, mas também de persuadir.

Para a linguística e as ciências sociais, o discurso é uma forma de linguagem escrita (texto) ou falada (conversação no seu contexto social, político ou cultural). A antropologia e a etnografia falam também de um evento de comunicação. A filosofia, por sua vez, considera o discurso como sendo um sistema social de pensamento ou de ideias.

A análise do discurso é uma área multidisciplinar, desenvolvida a partir da década de 1960 com contribuições de várias ciências. Esta abordagem transdisciplinar considera o discurso de diversas formas: como uma estrutura verbal, um evento comunicativo cultural, uma forma de interação, um sentido, uma representação mental ou um signo, por exemplo.

O discurso, enquanto estrutura verbal, é uma sequência coerente de orações, que se define pelos temas ou tópicos que expressa.

Enquanto interação, trata-se de uma sequência de turnos e ações de vários participantes, na qual cada ato é levado a cabo relativamente ao anterior e prepara o seguinte.

Discurso envolve comunicação dentro de um contexto que podem ser divididos em três formas: discurso direto, discurso indireto e discurso indireto livre.

Num discurso direto as falas ditas por um personagem devem expor as palavras por recursos gráficos como aspas ou travessão, ou seja, trata-se de um discurso dito de uma maneira direta, de forma íntegra, sem interferência do narrador.

Agora um discurso indireto é o oposto do direto, pois as falas são influenciadas pelo narrador não permitindo os personagens se expressarem livremente. Assim, o discurso tem tempos verbais são modificados para que haja entendimento.

Por último, o discurso indireto livre é uma mistura dos discursos direto e indireto, sendo considerado o mais difícil dos discursos. Desse modo, ele permite ao narrador reproduzir as falas dos personagens indiretamente, bem como também o que ele não diz com sentimentos e pensamentos.

A partir das suas estruturas sequenciais, os discursos têm outras estruturas em vários níveis, como é o caso das estruturas da gramática (fonologia, sintaxe, semântica), das estruturas da retórica (metáforas, eufemismos) e das estruturas esquemáticas que definem o formato global do discurso, como a argumentação ou a narração.

De acordo com a cognição, o discurso é descrito como sendo um processo ou uma representação mental em que os utilizadores da língua aplicam estratégias de produção ou de compreensão antes de armazenar fragmentos do discurso na memória.

Para fazer um discurso precisamos da fala, e ela envolve elementos como a articulação (movimento dos lábios e da língua), a voz (o modo como usamos as pregas vocais ou cordas vocais para produzirmos sons) e também a fluência da nossa fala, ou seja, o modo como realizamos o nosso discurso, a velocidade com a qual falamos, a pausa entre as palavras ou frases, entre outros. Assim, com uma boa fala podemos realizar um bom discurso e compartilhar ideias ou pensamentos.

Para que um palestrante ou político, por exemplo, possa realizar um bom discurso é necessário que haja clareza em suas palavras, objetividades e também a elaboração de um discurso que seja orientado para o público.

Citação

Equipe editorial de Conceito.de. (1 de Maio de 2011). Atualizado em 16 de Agosto de 2019. Discurso - O que é, conceito e definição. Conceito.de. https://conceito.de/discurso