Com origem na palavra latina dialŏgus que, por sua vez, provém de um conceito grego, um diálogo é uma conversa entre duas ou mais pessoas, que manifestam as suas ideias ou afectos de forma alternativa. Neste sentido, um diálogo é também uma discussão ou uma troca de impressões com vista a chegar a um entendimento.
Por outro lado, o diálogo é uma obra literária, em prosa ou em verso, em que é simulada uma conversação ou controvérsia entre dois ou mais personagens. É usado como tipologia textual na literatura quando surgem dois personagens que adoptam o discurso diegético e agem como interlocutores.
Ainda que o diálogo se inicie por meio de diferentes pontos de vista, sendo isso crucial para que o mesmo exista, um bom diálogo é desenvolvido com base num ambiente de reciprocidade e conscientização. Os primeiros diálogos que se tem informações são do ano de 1433 no Oriente Médio e Ásia, com disputas na civilização suméria que foram preservadas em cópias.
Na sua acepção mais habitual, o diálogo é uma modalidade do discurso oral e escrito através da qual comunicam entre si duas ou mais pessoas. Trata-se de uma troca de ideias por qualquer meio, direto ou indireto.
No tocante a literatura, o diálogo ainda pode ser classificado em discurso direto e indireto.
O discurso direto é o tipo de discurso mais comum. O objetivo dele é apresentar as falas dos personagens, sem seja necessário um narrador. Por exemplo:
“Nisso ele afirmou:
– Tenho plena certeza de que o encontraremos.”
Já o discurso indireto tem a participação do narrador na apresentação dos fatos e acontecimentos, exemplo:
“Ele afirmou que tinha plena certeza de que o encontrariam.”
Nesse caso, no discurso indireto ainda são utilizadas conjunções como “que” ou “se” para separar a fala do personagem da fala do narrador.
O diálogo pode ser tanto uma conversa amável como uma violenta discussão. Porém, costuma-se falar do diálogo como sendo uma troca de ideias onde se aceitam os pensamentos do interlocutor e os participantes estão dispostos a mudar os seus próprios pontos de vista, daí haver um consenso quanto à necessidade de dialogar em variadíssimas áreas, como a política, por exemplo.
Diz-se que as pessoas sedentas de poder e as autoritárias tendem a excluir o diálogo por pretenderem que a sua verdade seja a única válida e desacreditarem as opiniões dos oponentes, com o intuito de fortalecerem o seu domínio.
O diálogo genuíno faz por procurar a verdade e fomentar o conhecimento sem preconceitos, o que já não acontece com a retórica, que tenta persuadir e convencer ao manipular a opinião.
O diálogo não pode ser definido como qualquer conversa, já que para sua progressão são necessárias regras e que as mesmas sejam obedecidas pelos dois ou mais interlocutores. Sem isso não é possível a existência de um diálogo.
Esse tipo de conversa trata-se da interação entre os dois interlocutores (ou mais) onde ambos trocam ideias e informações a fim de se chegar a um acordo. E esse acordo é tanto o fim do diálogo quanto também a condição para que o mesmo se desenvolva, uma vez que o diálogo só pode acontecer se ambos não fizeram uso de violência e buscarem atender a premissa da verdade.
Equipe editorial de Conceito.de. (17 de Novembro de 2011). Atualizado em 27 de Setembro de 2019. Diálogo - O que é, conceito e definição. Conceito.de. https://conceito.de/dialogo