A esclerose é o endurecimento patológico que sofre um tecido ou um órgão. Esse endurecimento ocorre devido ao aumento incontrolado dos tecidos conjuntivos que se produz a partir de uma doença.
O envelhecimento, as inflamações e as doenças autoimunes podem produzir uma esclerose, levando assim os tecidos ou os órgãos afetados a perderem a sua elasticidade.
A esclerose múltipla é uma doença crónica que se produz pela degeneração das bainhas de mielina presentes nas fibras nervosas. Esta doença origina transtornos do controlo dos músculos e dos sentidos e não tem cura embora se possa tratar com medicação.
Perda de massa muscular, descoordenação nos movimentos, problemas a engolir, cãibras, espasmos, dificuldades cognitivas e disfunção sexual são algumas das consequências da esclerose múltipla.
A arteriosclerose, por outro lado, é o endurecimento das artérias de média e grande dimensão. A sua forma mais comum é a aterosclerose, a qual causa uma reação inflamatória. Entre os fatores que ajudam a reduzir o risco de contrair esta doença, é aconselhado ter uma dieta saudável e equilibrada, realizar atividade física e não fumar.
Dá-se o nome de esclerose lateral amiotrófica à doença degenerativa onde os neurónios motores (células do sistema nervoso) morrem e provocam uma paralisia muscular progressiva. O escritor argentino Roberto Fontanarrosa e o cientista britânico Stephen Hawking são umas das figuras públicas que sofreram ou sofrem desta doença.
A esclerose tuberosa, por fim, é uma doença hereditária que produz a formação de massas anormais não cancerosas na pele, na retina, nos pulmões, nos rins ou no coração, entre outros órgãos.
Tipos de esclerose múltipla
Ainda se pode classificar a esclerose múltipla em três, a depender da manifestação da doença, sendo então:
– Esclerose múltipla surto-remissão: esse é tipo mais comum da esclerose, onde acomete mais aqueles que tenham menos de 40 anos. Ela é caracterizada pelo surgimento repentino de sintomas e, de igual modo, o sumiço repentino deles. Esses sintomas repentinos, chamados de “surtos“, podem acontecer a cada meses ou anos e os mesmos duram menos de um dia;
– Esclerose múltipla secundariamente progressiva: essa se caracteriza pela piora das condições neurológicas. E aqui os sintomas que acontecem ao longo do tempo se acumulam, com a recuperação dos movimentos sendo mais dificultosa. Nesse tipo as incapacidades ocorrem de maneira progressiva;
– Esclerose múltipla primariamente progressiva: aqui os sintomas da esclerose evoluem lentamente e progressivamente, mas não ocorrem surtos como na esclerose múltipla surto-remissão. Esse se trata do tipo mais grave da escleros múltipla e acomete aqueles com idade superior a 40 anos, sendo ainda o tipo mais grave dessa doença.
Há uma estimativa de que no mundo inteiro haja mais de 2,3 milhões de casos de esclerose múltipla. Enquanto isso, no Brasil é estimado que há pelo menos 1,36 casos para cada 100 mil habitantes, mas isso sofre variações a depender da região do país.
Esclerose sistêmica
A esclerose sistêmica, qual ainda é chamada de esclerodermia, se trata de uma doença autoimune que causa o endurecimento da pele, das articulações, dos vasos sanguíneos e, ainda, de alguns órgãos.
É mais comum que a esclerose acometa mulheres na faixa dos 30 a 50 anos, apresentando como principais sintomas a dificuldade para respirar, a demência nos dedos dos pés e das mãos e também dores articulares.
Sintoma da esclerose
Além de paralisia, há também como sintomas da esclerose podem: dor crônica, depressão, esquecimento, alterações no humor, fraqueza muscular, entre outros. O indivíduo ainda pode apresentar a fala arrastada, sentir formigamento em certas partes do corpo, ter problemas na bexiga, perder a força e ter o tato reduzido.
Essa doença deve ser tratada logo quando os primeiros sinais surgirem, devido a que essa é uma doença com altas capacidade debilitantes. Assim, o tratamento realizado o quanto antes pode ser mais eficaz.
Um histórico familiar, infecções virais, o tabagismo, baixos níveis de vitamina D e outras doenças autoimunes podem ser fatores de risco para a esclerose.
Não existe um tratamento que é definitivo, mas há tratamentos que ajudam a reduzir os sintomas e até mesmo ajudar na recuperação das funções comprometidas.
Equipe editorial de Conceito.de. (7 de Fevereiro de 2014). Atualizado em 6 de Outubro de 2022. Esclerose - O que é, tipos, conceito e definição. Conceito.de. https://conceito.de/esclerose