O termo teologia tem origem no latim theologĭa. Esta palavra, por sua vez, provém do conceito grego formado por theos (“Deus”) e logos (“estudo”). A teologia é, desta forma, a ciência que estuda Deus, os seus atributos e as suas perfeições. Trata-se de um conjunto de técnicas filosóficas que procuram alcançar conhecimentos particulares sobre as entidades divinas.
O termo foi adoptado por Platão em “A República” (Politeia, no original). O filósofo grego usava-o para se referir à compreensão da natureza divina através da razão, em oposição à compreensão literária. Posteriormente, Aristóteles viria a usar o conceito com duas acepções: a teologia enquanto ramo fundamental da filosofia e a teologia enquanto denominação do pensamento mitológico imediatamente anterior à filosofia.
Para Aristóteles, teólogos eram os criadores de mitos (Homero, Hesíodo), ou seja, eram poetas que contavam o que os seus deuses haviam feito e também contavam sobre suas origens, seus erros e virtudes. Também para ele, a teologia tratava-se do estudo metafísico do ente quanto ao seu ser.
Mas foi na Idade Média, entre os séculos IV e V, que o termo teologia passou a ser usado no cristianismo, tendo o significado de conhecimento cristão sobre Deus.
Para o saber teológico católico, o objeto de estudo direto é Deus. Os seus verdadeiros critérios são a razão humana e a revelação divina, ao passo que a Igreja é considerada como a comunidade de fé e de cristianismo. A Igreja tem portanto o poder de estabelecer, de forma autorizada, os distintos critérios para a reflexão teológica.
A Igreja católica considera que o saber teológico é racional (uma vez que a teologia é uma ciência), cujo objeto é dado pela revelação (a Palavra de Deus) que, por sua vez, é transmitida e interpretada pela Igreja.
A teologia católica reside em dois mistérios: o Mistério Trinitário (a doutrina cristã que explica a existência de um só Deus em três figuras diferentes e identificáveis: Pai, Filho e Espírito Santo) e o Mistério Cristológico (a vida de Jesus Cristo, com o seu nascimento, a sua paixão, morte e ressurreição).
Segundo a definição hegeliana (uma corrente filosófica criada pelo filósofo alemão Georg Wilhelm Friedrich Hegel), a teologia estuda as manifestações sociais de grupos no tocante as divindades.
E essa é uma área de estudo que também possui objetos de estudos já definidos, mas como Deus não é um objeto, logo, não sendo possível estuda-los diretamente, pode-se estudar apenas aquilo que se pode observar e, assim, na teologia, os objetos de estudos seriam as representações sociais do divido em distintas culturas.
Nos cursos de teologia, por exemplo, nos primeiros anos as disciplinas que são estudadas são: filosofia, ciências bíblicas, antropologia, hermenêutica bíblica, homilética, etc.
E sem seguida, logo depois desse primeiro ciclo, o aluno, então, passa a estudar outras disciplinas, essas mais especificas como: missões, geografia bíblica, história de Israel, disciplinas cristãs, hebraico, grego, ética cristã, teologia sistemática, seitas e heresias, sociologia da religião, exegese, apologética, dentre outras.
E quem se forma em teologia pode atuar como conselheiro espiritual, capelão, assessorando grupos religiosos, como pastor, etc. Podendo ainda fazer uma pós-graduação e atuar como professor em universidades.
Equipe editorial de Conceito.de. (17 de Novembro de 2011). Atualizado em 23 de Março de 2021. Teologia - O que é, conceito e definição. Conceito.de. https://conceito.de/teologia