Camada de ozônio é a região da atmosfera terrestre que é rica em moléculas de ozônio (O₃). Ela se fica na estratosfera, entre 15 e 35 quilômetros de altitude da superfície terrestre, e cumpre um papel vital na proteção da vida na Terra.
Essa camada filtra boa parte da radiação ultravioleta (UV), qual é emitida pelo Sol, ainda mais os raios UVB, que são nocivos para a saúde humana, podendo provocar câncer de pele, catarata e acometer o sistema imunológico.
Além do mais, a camada de ozônio abriga os ecossistemas terrestres e aquáticos, evitando danos ao fitoplâncton, que é uma base da cadeia alimentar marinha, e também para a vegetação, que sofreria devido ao excesso de radiação. Desse modo, a camada de ozônio é um escudo natural, garantindo o equilíbrio dos seres vivos e do meio ambiente.
Estrutura e localização da camada de ozônio
A camada de ozônio encontra-se na estratosfera (camada localizada entre a troposfera e a mesosfera), a aproximadamente de 15 a 35 quilômetros acima da superfície terrestre. Sua concentração total por volta de 20 a 30 quilômetros de altitude, em que o ozônio (O3) é constituído pela ação dos raios solares no oxigênio (O₂).
E a estrutura dessa camada é distribuída de maneira desigual, tendo ela mais espessura nas regiões polares e sendo mais fina nos trópicos. Contudo, mesmo com a sua importância, o ozônio representa somente uma pequena fração dos gases que existem na atmosfera, mas sua capacidade de absorver a radiação ultravioleta é de suma importância para a proteção da vida na Terra.
Por que a camada de ozônio é importante
A camada de ozônio é essencial para a proteção da vida no planeta, pois filtra a radiação ultravioleta (UV) do Sol.
Sobre os raios UV, eles são divididos em três: UV-A, UV-B e UV-C. E a camada de ozônio consegue absorver quase toda a radiação UV-C, que é a mais perigosa, e uma parte considerável dos raios UV-B, também nocivos aos seres vivos.
Sem essa camada, haveriam um aumento nos níveis de radiação UV-B atingindo a Terra, gerando graves consequências à saúde humana, como é o caso do câncer de pele, envelhecimento precoce, além de queimaduras solares e catarata.
Além do mais, a radiação excessiva ainda enfraqueceria o sistema imunológico, fazendo as pessoas serem mais suscetíveis a doenças.
No meio ambiente, a ausência de proteção eficaz da camada de ozônio afetaria expressivamente os ecossistemas, em especial nas regiões polares, onde já se nota a redução do ozônio.
E também haveria graves danos para a agricultura, prejudicando o crescimento das plantas e a produção de alimentos.
No oceano, o citado fitoplâncton, crucial para a cadeia alimentar marinha, seria bastante impactado, gerando desequilíbrios ecológicos. Logo, a camada de ozônio é importantíssima para conservar a estabilidade da vida e ecossistemas no planeta, seja a vida terrestre ou a vida marinha.
Sobre as ameaças à camada de ozônio
As principais ameaças à camada de ozônio surgem dos gases de clorofluorcarbonos (CFCs), halons e demais substâncias químicas que possuem cloro e bromo.
Esses compostos, usados sobretudo em refrigeradores, produtos de limpeza industrial e aerossóis, quando liberados na atmosfera, se acumulam na estratosfera. Lá, com a ação da radiação solar, os CFCs (Clorofluorocarbonetos) e halons se decompõem, o que libera átomos de cloro e bromo, os quais destroem as moléculas de ozônio num processo químico em cadeia.
Há uma acentuação da destruição da camada de ozônio nas regiões polares, em especial na Antártida, onde se dá o chamado buraco na camada de ozônio. Esse se trata de um fenômeno que se torna mais intenso durante a primavera.
Mesmo com as medidas internacionais adotadas a fim de controlar o uso desses produtos, como no caso do Protocolo de Montreal, as substâncias ainda existentes na atmosfera seguem a causar danos, pois conservam-se por longos períodos.
Além dos CFCs, óxidos de nitrogênio que vem de aviões e foguetes ainda são outros elementos que ajudam na degradação do ozônio. E as emissões industriais de poluentes também afetam a camada de ozônio e, com isso, geram o aquecimento global.
Resposta internacional e medidas de proteção
A resposta internacional mais expressiva para a proteção da camada de ozônio foi o nomeado de Protocolo de Montreal. Esse, caracterizado como um acordo global, foi adotado em 1987 e estabeleceu limites rigorosos na produção e no uso de substâncias destrutivas para o ozônio, como no caso dos CFCs e halons.
Devido a esse Protocolo, mais de 190 países se comprometeram em diminuir progressivamente o uso de tais compostos, possibilitando a restauração da camada de ozônio lentamente.
Outras medidas compreendem a troca dos CFCs por substâncias menos nocivas e, ainda, a conscientização pública a respeito do uso de produtos que não possuam substâncias nocivas à camada de ozônio.
A comunidade científica ainda cumpre um papel importante, monitorando frequentemente os níveis de ozônio e analisando as soluções que ajudem a mitigar futuras ameaças. Há ainda medidas relacionadas ao desenvolvimento de produtos e com a reciclagem (com a separação do lixo adequadamente).
Desse modo, proteção de cultivos, educação ambiental, pesquisas científicas e tratados internacionais são medidas úteis e aplicadas para ajudar a reduzir os danos na camada de ozônio do planeta.
SOUSA, Priscila. (17 de Setembro de 2024). Camada de ozônio - O que é, estrutura, conceito e definição. Conceito.de. https://conceito.de/camada-de-ozonio