Caverna é um buraco ou um côncavo (uma cova) que existe entre rochas ou que é feito de modo subterrâneo (debaixo da terra). Quando esta cavidade é subterrânea, também se lhe dá o nome de cova.
Exemplos: “Nesta caverna habitam diferentes espécies de roedores e morcegos”, “O menino passou a noite numa caverna que descobriu em pleno bosque”, “Os arqueólogos admiraram-se quando descobriram pinturas rupestres na caverna”.
As cavernas surgem de forma natural a partir da erosão. Com o passar do tempo, as rochas podem corroer devido à acidez da água, dando lugar a este tipo de aberturas. De um modo geral, as cavernas são escuras e apresentam um elevado nível de humidade, uma vez que a luz solar não consegue entrar/romper/atravessar.
Antigamente, o ser humano pré-histórico e os seus antecessores usavam as cavernas como vivenda ou refúgio. Desta prática deriva a noção de “homem das cavernas”, também chamado cavernícola.
Dá-se o nome de espeleologia à especialidade científica dedicada à análise das cavernas. Os espeleólogos estudam como se constitui essa formação rochosa, as suas características e as espécies que nela habitam.
Fósseis nas cavernas
As cavernas são ambientes onde é bastante comum que haja fósseis de variados animais que já viveram naquela região em algum momento do tempo geológico.
Os fósseis se tratam de restos ou vestígios de organismos que foram preservados em rochas sedimentares, evidenciando formas de vida do passado. Esse podem ser ossos, impressões ou até mesmo pegadas.
A fossilização sucede quando restos são enterrados e passam por um processo de mineralização, se convertendo em registros geológicos que trazem informações sobre a história da Terra.
E esses animais se tornam fósseis nas cavernas porque entram ali por motivos como:
- Porque buscam por um lugar para viver;
- Porque foram carregados por predadores;
- Caíram em fendas e abismo;
- Foram levados por enxurradas enquanto eram somente carcaças ou restos de esqueletos.
Mito da caverna
O mito da caverna foi uma alegoria apresentada por Platão. E a mesma descreve a jornada de alguns homens que viveram aprisionados desde a infância numa caverna. E nessa alegoria Sócrates dialoga com Glauco sobre alguns homens que estão presos numa caverna.
Imobilizados por correntes, esses homens só são capazes de olhar para o fundo da caverna, pois estão de costas para a sua entrada. E ali sombras projetadas na parede são a única percepção que eles possuem do mundo.
Um desses prisioneiros então consegue se libertar e, enfrentando dificuldades devido a luz a qual não estava acostumado, descobre a verdade fora daquela caverna. Esse ex-prisioneiro se compadece dos outros prisioneiros e retorna para libertar seus companheiros.
No diálogo, Sócrates sugere que Glauco que pense sobre o que aconteceria com esse homem, na sua volta. Glauco então responde que os outros, habituados à escuridão, não creriam no testemunho desse homem, além do que, ele teria dificuldades para comunicar tudo o que viu.
E no final, haverá chances daqueles prisioneiros até matarem o que retornara, alegando que o mesmo estivesse fora de si. Os prisioneiros, habituados à escuridão, não seriam capazes de entender a sua mensagem, o rejeitando violentamente
Tal narrativa simbólica foca em explorar o conceito da realidade que é percebida versus a verdadeira. Ele ainda trata da dificuldade de passar conhecimento e verdade para os que estão presos nas suas próprias ilusões, em sua zona de conforto, não querendo ver além e nem aceitando aqueles que o veem.
Essa alegoria ainda representa a jornada do filósofo na busca do conhecimento e sua responsabilidade em compartilhar esse conhecimento, mesmo encarando a incompreensão e a oposição.
Equipe editorial de Conceito.de. (20 de Setembro de 2017). Atualizado em 23 de Abril de 2024. Caverna - O que é, conceito e definição. Conceito.de. https://conceito.de/caverna