Morbidade descreve a ocorrência de doenças ou condições de saúde numa população ou grupo. Esse termo, comum na área da saúde, possui como indicadores a indecência e a prevalência.
A prevalência indica a proporção de indivíduos que possuem uma determinada doença num determinado momento. É feito o cálculo da taxa de prevalência com o uso do número de indivíduos afetados num determinado período, dividido pela quantidade total de pessoas.
Já a incidência se trata da taxa de acontecimento de novos casos de uma doença num período específico.
Ambas as medidas são essenciais para a compreensão da carga de doenças numa população e para identificar tendências e padrões com o tempo.
Mais sobre o conceito de morbidade
A morbidade remete à incidência, gravidade e duração das doenças e também condições de saúde numa determinada população. É uma medida fundamental, que ajuda a avaliar o estado de saúde de uma comunidade e a orientar as operações na área da saúde pública.
E a morbidade abarca tanto as doenças transmissíveis, quais são provocadas por infecções bacterianas, fúngicas, virais ou parasitárias, quanto as doenças não transmissíveis, que são causadas por fatores genéticos, ambientais e também comportamentais.
Relação entre morbidade, mortalidade, prevalência e incidência
Mesmo que a morbidade e a mortalidade tenham alguma relação, a mesmas se tratam de conceitos distintos.
A morbidade, como explicado, se refere à prevalência de doenças em uma população, já a mortalidade te relação com o número de mortes provocadas por tais doenças.
Há que se esclarecer ainda que a morbidade e a mortalidade costumam ser analisadas em conjunto, a fim de fornecer uma visão ampla do impacto das doenças na saúde de uma dada população.
O papel da morbidade na saúde pública e epidemiologia
A morbidade tem um papel crucial na saúde pública e também na epidemiologia.
Ao realizar uma análise da morbidade, os profissionais de saúde e os pesquisadores identificariam fatores de risco, determinando a eficácia das intervenções de saúde, planejando recursos e, ainda, estabelecendo políticas de prevenção e de controle de doenças.
Quanto a epidemiologia, ela se traduz na disciplina que realiza esse estudo sobre a morbidade e demais aspectos ligados à saúde da população, como a distribuição das doenças, as medidas para o controle, etc.
Tipos de doenças: crônicas, agudas e infecções
Há diferentes tipos de doenças que favorecem a morbidade. A exemplo das doenças crônicas e das agudas.
As doenças crônicas são aquelas que possuem uma longa duração e tendem a progredir lentamente.
Exemplos de doenças crônicas são: diabetes, hipertensão, câncer, obesidade, doença cardíaca, derrame cerebral, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), asma, artrite, osteoporose, além de doenças autoimunes, como é o caso do lúpus e da esclerose múltipla.
Tais doenças são classificadas como um desafio significativo para a saúde pública. E isso se dá em virtude da sua alta prevalência e impacto na qualidade de vida das pessoas afetadas.
Por outro lado, as doenças agudas se iniciam de maneira súbita e possuem curta duração. Essas doenças evoluem de maneira bastante rápida e tendem a atingir o organismo com severidade. As mesmas são então provocadas por infecções virais, bacterianas, fúngicas ou também parasitárias. Exemplos de doenças agudas são: gastroenterite, resfriado comum, pneumonia, gripe, infecções do trato urinário, entre outras.
Doenças não transmissíveis e o desafio da prevenção
As doenças não transmissíveis, tal como dito antes, são responsáveis por uma parcela expressiva da morbidade no mundo. Doenças assim classificadas estão intrinsecamente associadas a fatores comportamentais, como é o caso do tabagismo, de uma dieta inadequada, do sedentarismo e, ainda, do consumo excessivo de álcool.
Prevenir e controlar tais doenças requer intervenções multifacetadas, abrangendo políticas de saúde, a promoção de estilos de vida saudáveis, a educação da população, além do acesso a serviços de saúde essenciais.
Comorbidade
Comorbidade é um termo também comum na área da saúde. Esse tende a designar a presença de duas ou mais condições médicas num mesmo indivíduo. Essas condições seriam doenças físicas ou também transtornos mentais, podendo coexistir ao memo tempo ou se desenvolverem com o tempo.
A presença de comorbidades é algo comum em muitos pacientes. E essa condição afetaria o diagnóstico, tratamento e mesmo o prognóstico das doenças.
São várias as formas com as quais uma comorbidade pode se desenvolver.
Um paciente que possui hipertensão arterial poderia também desenvolver diabetes, por exemplo. Em outro exemplo, alguém que tenha transtorno de ansiedade poderia desenvolver depressão ou síndrome do pânico, havendo então uma comorbidade.
Mas vale ressaltar que a existência de complicaria o tratamento, elevando o risco de complicações em certas condições médicas.
E ainda há que se mencionar que as comorbidades contribuiriam para aumentar o risco de mortalidade. Um paciente que tenha câncer, por exemplo, e tenha também problemas cardíacos e pulmonares teria riscos maiores de ter complicações num tratamento.
Por isso os especialistas da área da saúde levam em conta as comorbidades ao planejar um tratamento.
SOUSA, Priscila. (23 de Junho de 2023). Morbidade - O que é, tipos, conceito e definição. Conceito.de. https://conceito.de/morbidade