O adjetivo pluricelular aplica-se aos seres vivos que dispõem de mais de uma célula no seu organismo. Isto permite fazer a distinção entre os seres pluricelulares (igualmente conhecidos como multicelulares) e os seres unicelulares, que só têm uma célula.
Nos organismos pluricelulares, por conseguinte, existem diferentes células que se reproduzem através da meiose ou a mitose e que desempenham diversas funções. O ser humano, os animais e as plantas são exemplos deste tipo de organismos. Em contrapartida, entre os organismos unicelulares, pode-se mencionar as bactérias e as amebas.
Mas não é apenas o reino Animalia e o reino Plantae que são compostos por organismos pluricelulares, mas uma boa parte do reino Fungi também.
Num organismo pluricelular, composto por células mais complexas, as células atuam em conjunto para que sua sobrevivência seja garantida.
Sobre o surgimento dos pluricelulares, infelizmente ainda não se tem informações concretas quanto a isso. E isso piora por consequência da fossilização de seres simples e constituídos por partes moles ser dificultosa.
Não existe uma única teoria que explique a origem dos seres pluricelulares. Os cientistas mencionam uma possível simbiose desenvolvida entre uma grande quantidade de seres unicelulares de uma mesma espécie, que derivou no aparecimento de organismos multicelulares.
A simbiose também pode ter sido causada por diferentes espécies unicelulares que finalmente deram origem a um organismo multicelular. Uma terceira teoria, em contrapartida, fala de seres unicelulares mas com vários núcleos, a partir dos quais surgiram partições nas suas membranas internas.
Tem-se a crença de que a pluricelularidade surgiu em distintos organismos, o que compreende plantas, animais, fungos, entre outros. Em outras palavras, sua origem se deu de maneira independente. E há uma estimativa de que a sua origem se deu no fundo do oceano por volta de 600 a 900 milhões de anos.
A partir da evolução da pluricelularidade, deu-se lugar a organismos dos mais diversos. Hoje, podemos encontrar no grupo dos seres pluricelulares a fungos, vegetais, peixes, insetos e mamíferos, só para citar algumas possibilidades, o que revela a amplitude do conceito.
A pluricelularidade, em resumo, implica um desenvolvimento evolutivo muito maior relativamente aos organismos unicelulares, uma vez que a diferenciação das células acarreta funcionalidades especializadas. As diferentes células, por outro lado, são agrupadas em tecidos que, por sua vez, dão lugar aos órgãos.
Como fora dito antes, os seres pluricelulares possuem diversas células e cada uma delas fica responsável por uma função para garantir a sobrevivência. Por exemplo: as células nervosas, conhecidas como neurônios, são responsáveis por levar informações até o cérebro e, dele, para os outros órgãos do corpo. Enquanto que as células musculares podem se contrair e, assim, permitir que o ser humano ou animal realize movimentos. Por fim, temos ainda as células sanguíneas vermelhas que são responsáveis por transportar oxigênio para outras células.
E quanto a reprodução dos organismos pluricelulares, ela pode ser sexuada ou assexuada, semelhante a reprodução dos unicelulares. Por exemplo: a reprodução sexuada ocorre através da junção de gametas e ela resulta num ciclo que se inicia com nascimento, depois tem-se o crescimento, a reprodução e a morte. Já sobre a reprodução assexuada, temos fases como multiplicação vegetativa e brotamento.
Equipe editorial de Conceito.de. (7 de Abril de 2015). Atualizado em 21 de Maio de 2019. Pluricelular - O que é, conceito e definição. Conceito.de. https://conceito.de/pluricelular