Pressão atmosférica, também chamada de pressão barométrica, trata-se da força exercida pelo peso do ar na superfície da Terra. Tal conceito é essencial na meteorologia, pois influencia no clima e na previsão do tempo.
A pressão atmosférica é resultado do peso da atmosfera, que é a camada de gases que reveste o planeta, formada especialmente por nitrogênio e oxigênio. A gravidade da Terra puxa tais gases para a superfície, gerando a pressão que é sentida pelas pessoas.
Mas a pressão atmosférica varia a depender de fatores como localização, temperatura, umidade e outros. É frequente o uso de termos como sistema de alta pressão e sistema de baixa pressão quando se fala em clima, e tais variações são cruciais para a compreensão dos fenômenos atmosféricos e suas implicações.
Como a pressão atmosférica é medida
Para medir a pressão atmosférica, usa-se um instrumento chamado barômetro. Esse fora inventado pelo físico italiano Evangelista Torricelli, no século XVII.
O barômetro realiza a medição da pressão em milibares (mb) ou em hectopascais (hPa), onde 1013,25 hPa é o valor médio ao nível do mar. Em locais que sejam mais elevados, como no caso de altas montanhas, a pressão atmosférica é menor, pois a coluna de ar acima de tal ponto é mais curta e, logo, pesa menos.
Há ainda o chamado de gradiente de pressão. uma das medidas usadas na análise das diferenças de pressão entre dois pontos. Ele possui ligação direta com a velocidade e direção do vento, qual se move das áreas de alta pressão até as de baixa pressão. Quanto maior for o gradiente, então mais forte o vento será.
Pressão atmosférica e o clima
A pressão atmosférica cumpre um papel essencial na formação de padrões climáticos e previsão do tempo.
Os meteorologistas usam mapas meteorológicos a fim de observar as variações de pressão e detectar antecipadamente mudanças no clima. Nesses mapas, as isóbaras – que são linhas que ligam pontos que possuem a mesma pressão atmosférica – são utilizadas na detecção padrões e frentes meteorológicas.
Quando existe um sistema de alta pressão, no geral associado a um bom tempo, o ar descer, impossibilitando a formação de nuvens e gerando um céu claro.
Enquanto isso, um sistema de baixa pressão é conhecido pela elevação do ar. E com isso ele favorece a formação de nuvens e precipitação.
Frentes meteorológicas, como no caso frente fria e da frente quente, por vezes se formam naqueles que são regiões de transição entre áreas de alta e baixa pressão, o que gera mudanças significativas no clima.
Além do mais, a altitude afeta a pressão atmosférica.
Naqueles locais mais altos, como nas montanhas, a pressão é menor por causa da menor quantidade de ar sobre eles. Isso explica a razão de alpinistas e pilotos necessitarem de cuidados especiais para suportar a menor quantidade de oxigênio nas altitudes elevadas.
Fatores que influenciam a pressão atmosférica
Muitos fatores influenciam na variação da pressão atmosférica, e esses elementos encontram-se interligados de modos complexos. A temperatura se trata de um dos principais fatores:
- No momento em que o ar é aquecido, ele se expande e fica menos denso, culminando em menor pressão atmosférica. Nas regiões mais frias, o ar é mais denso e, por conseguinte, a pressão é maior.
A umidade também cumpre um papel importante. O ar úmido, por ter vapor d’água, se torna menos denso do que o ar seco, pois o vapor d’água tem peso menor do que o oxigênio e o nitrogênio existentes na atmosfera. E assim, áreas com elevada umidade possuem pressões mais baixas.
E ainda, a densidade do ar, que se trata da quantidade de massa de ar existente em um dado volume, também varia de acordo com a temperatura e a umidade, afetando a pressão atmosférica. O movimento das massas de ar, como no caso do vento, acontece em resposta às variações de densidade e pressão, o que equilibra essas diferenças.
Sobre sua importância da pressão na meteorologia
A pressão atmosférica se trata de um dos principais fatores considerados pelos meteorologistas quando se analisa o comportamento do clima e prevê o tempo. Mudanças na pressão apontam alterações iminentes no clima, como no caso de uma frente fria, tempestade ou período de céu limpo.
Frentes meteorológicas, que são zonas de transição entre distintas massas de ar, estão repetidamente ligadas a mudanças bruscas na pressão. Frentes frias, por exemplo, geram uma rápida queda de temperatura e elevação da pressão, ao passo que frentes quentes tendem a reduzir a pressão e trazer maior umidade.
Meteorologistas usam tais informações a fim de gerar previsões do tempo mais precisas. E assim se informa a população a respeito de possíveis chuvas, tempestades ou condições de seca. E os mapas meteorológicos, contendo isóbaras e gradientes de pressão, possibilita detectar as áreas em que esses fenômenos são mais prováveis de ocorrer.
Esse conhecimento ajuda a prever eventos extremos, mas é ainda importante na agricultura, aviação e demais setores que precisam das condições climáticas.
SOUSA, Priscila. (23 de Setembro de 2024). Pressão atmosférica - O que é, importância, conceito e definição. Conceito.de. https://conceito.de/pressao-atmosferica