Princípio ativo é um componente importante de um medicamento ou substância farmacêutica que exerce um efeito terapêutico no organismo.
O princípio ativo é essencial na farmacologia e na química medicinal, pois sem o mesmo, que é um agente terapêutico, os medicamentos seriam efetivos, pois se trata da substância que atua diretamente no alvo da doença.
A pesquisa e o desenvolvimento de princípios ativos se traduzem nos pilares da química medicinal e farmacologia, visando melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
Tipos de princípios ativos
Os princípios ativos de um medicamento tendem a ser classificados segundo a sua origem e nisso se tem:
- Princípio ativo natural: o que é geralmente extraído de plantas, animais ou de microrganismos. Um exemplo nesse caso seria a aspirina, a qual é extraída da casca da árvore do salgueiro;
- Princípio ativo sintético: produzido em laboratório, com base em substâncias químicas. Um exemplo é a cloroquina, usada no tratamento da malária, e também o paracetamol, o qual é usado no alívio da dor e da febre;
- Há também o princípio ativo semissintético: esse é obtido com base numa substância natural, mas que passou por alterações químicas em laboratório. Um exemplo seria aqui a vitamina C, a qual é adquirida a partir do ácido cítrico, que é obtido de frutas cítricas;
- Princípio ativo biológico: já esse é conseguido a partir de organismos vivos. Um dos exemplos amis comuns são as vacinas produzidas a partir de certos vírus ou bactérias, assim como os hormônios, esses produzidos por meio de glândulas endócrinas.
Cada tipo de princípio ativo possui suas as suas vantagens e também desvantagens. No caso dos princípios ativos naturais, por exemplo, eles tendem a ser mais seguros e possuem menos efeitos colaterais que os sintéticos. Contudo, os naturais poderiam ser menos eficazes e mais caros para produzir.
Descoberta e desenvolvimento de princípios ativos
Os princípios ativos passam por diferentes etapas até que sejam disponibilizados no mercado:
- Pesquisa e descoberta: essa é a fase onde cientistas detectam substâncias que tenham potencial terapêutico. Isso envolveria a triagem de compostos, assim como a modelagem molecular e os testes in vitro (com o organismo vivo);
- Produção de fármacos: o passo seguinte é o desenvolvimento de um fármaco, etapa essa que inclui formulação, também estudos de estabilidade e, ainda, o escalonamento da produção;
- Ensaios pré-clínicos: antes dos testes em humanos, os fármacos costumam ser avaliados através de ensaios pré-clínicos em animais a fim de determinar sua segurança e eficácia;
- Realização de ensaios clínicos: esta fase já envolve os testes em humanos visando a avaliação da segurança, eficácia e dosagem apropriada. Os ensaios clínicos ainda são subdivididos em fases, terminando com a obtenção de dados para embasar a aprovação regulatória.
Absorção e ação do princípio ativo
Depois que um medicamento é administrado, a primeira etapa que sucede é a de absorção, e a sua eficiência tende a variar entre diferentes vias de administração, tais como: oral, tópica, parenteral, entre outras.
Um conceito também importante nesse processo é a biodisponibilidade, que indica o quanto de princípio ativo que efetivamente alcançou a corrente sanguínea.
Após a absorção, muitos fármacos passam pelo metabolismo de drogas (metabolismo de fármaco) no fígado. Ali eles são convertidos em metabólitos, os quais podem ser ativos, inativos ou mesmo tóxicos. O metabolismo costuma influenciar na eficácia e na segurança de um medicamento.
O princípio ativo atua quando interage com alvos característicos no organismo, a exemplo de receptores, enzimas ou proteínas. Essa interação tende a realizar a ativação, inibição ou também a modulação de processos biológicos, o que resulta no alívio de sintomas ou seria algo voltado para o tratamento doenças.
Doses e formas de administração
A dose terapêutica ideal para cada medicamento não é algo fixo, variando tanto segundo o medicamento quanto segundo a condição médica.
Dentre as formas que os princípios ativos podem ser usados nos medicamentos, há: comprimidos, cápsulas, infusões, pomadas, xaropes, injeções, suspensões, entre outras. Essas formas são desenvolvidas objetivando atender às necessidades dos pacientes.
Quanto as formas de administração, se tem as seguintes:
- Oral: a administração de medicamentos por via oral se trata de uma das mais comuns e também convenientes. Ela possibilita a autoadministração. Dentre os exemplos estão os comprimidos e os xaropes;
- Tópica: já essa compreende as pomadas e cremes, os quais são aplicados na pele geralmente visando tratar condições dermatológicas;
- Parenteral: essa compreende as vias endovenosa, subcutânea, intramuscular e também intradérmica. Um exemplo são as medicações administradas em hospitais por meio de injeção, com seu direcionamento diretamente na corrente sanguínea.
Interações e contraindicações
A interação medicamentosa sucede quando há a interação de pelo menos dois medicamentos no organismo, comprometendo sua eficácia ou segurança.
É necessário que os profissionais de saúde tenham ciência das possíveis interações a fim de prevenir efeitos adversos. Além do mais, há contraindicações, que se tratam de situações onde um medicamento não deve ser utilizado já que causaria riscos potenciais ao paciente.
SOUSA, Priscila. (13 de Setembro de 2023). Princípio ativo - O que é, tipos, conceito e definição. Conceito.de. https://conceito.de/principio-ativo