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Psicologia clínica

A psicologia clínica trata da investigação, da avaliação, do diagnóstico, do prognóstico, do tratamento, da reabilitação e da prevenção das questões que afetam a saúde mental. Trata-se de um ramo da psicologia que versa sobre as condições que possam causar mal-estar ou sofrimento às pessoas.

A psicoterapia e o apoio psicológico são duas das principais práticas desta disciplina cujas origens remontam ao ano 1896 pela mão de Lightner Witmer. Durante as primeiras décadas do século XX, a psicologia clínica focava-se na avaliação psicológica; porém, a partir da Segunda Guerra Mundial, os esforços passaram a voltar-se para o tratamento dos pacientes.

É importante fazer a distinção entre a psicologia clínica e a psiquiatria, tendo em conta que os psiquiatras têm autorização legal para a prescrição de medicamentos (receituário). Por outro lado, convém destacar que a psicologia clínica tem quatro orientações teóricas primárias: a psicodinâmica, a humanista, a cognitiva comportamental e a terapia familiar.

Entre os sintomas psicológicos que trata a psicologia clínica, encontram-se os transtornos somáticos (que podem aparecer de forma aguda ou estar presentes de modo constante), os transtornos psíquicos (como a sensação de receio/medo ou as preocupações sem fundamento) e os transtornos comportamentais (a preocupação motora, a irritabilidade e as perturbações do sono, entre outros).

Convém mencionar, entre os transtornos somáticos, os sintomas cardiovasculares (são os mais frequentes, como a taquicardia com palpitações), os sintomas respiratórios (sensação de falta de ar ou de abafamento), os sintomas gastrointestinais (náuseas, vómitos) e os sintomas geniturinários (como a impotência transitória ou os transtornos do ciclo menstrual).

O modo como a psicologia clínica funciona se assemelha a como um médico que atende um paciente observando e compreendendo a demanda, não a patologia desse paciente, atuaria. Em seguida, ele (o psicólogo) poderá fazer uma intervenção como tratar, remediar, etc.

Nisso, o paciente é visto pelo psicólogo como sendo um ser singular, com as suas demandas que são únicas. Desse modo, o profissional precisa oferecer um acolhimento tendo em vista tais demandas.

O psicólogo propõe ao paciente que construa os seus sentidos individuais e subjetivos, onde esse psicólogo jamais dita ou oferece sentidos, mas ele atua lado a lado com o paciente no processo para criar novos sentidos, comportamentos, olhares, entre outros que contribuirão para solucionar o problema desse paciente.

A psicologia clínica fornece como principal instrumento ao psicólogo a escuta sem julgamentos e feita de forma empática. O set terapêutico pode tanto ser no consultório, como também pode ser na casa do paciente ou em qualquer ambiente em que seja necessária a intervenção desse profissional.

E a psicologia clínica se divide em diversas áreas quais são conhecidas como abordagens. E essas abordagens têm como objetivo entender o ser humano e as suas manifestações. Cada abordagem é fundamentada em conhecimentos científico-filosóficos, além de certos tipos de instrumentos e técnicas de intervenção.

Cada uma dessas abordagens focará num aspecto do ser humano e, distintamente, cada uma criará sua subjetividade, onde se consegue tratar de muitas questões existenciais e de comportamento. E o sigilo profissional é uma garantia que o psicólogo dá aos pacientes.

Citação

Equipe editorial de Conceito.de. (21 de Dezembro de 2011). Atualizado em 26 de Outubro de 2021. Psicologia clínica - O que é, conceito e definição. Conceito.de. https://conceito.de/psicologia-clinica