No âmbito da gramática, denomina-se sujeito ao sintagma nominal, pronome ou substantivo que concorda em número e pessoa com o verbo. Um sujeito é um argumento verbal: um constituinte ou complemento que é requerido de forma obrigatória por um verbo.
O sujeito pode ser uma pessoa ou mesmo um objeto, por exemplo: “meu carro não está funcionando bem hoje” ou “o guarda-chuva não abriu a tempo”.
E quando referindo-se a uma pessoa, o sujeito expresso pode tanto ser uma pessoa definida com nome, como pode também ser definida por meio de pronome (eu, tu, ele, nós, vós, eles), por exemplo:
– Marcelo é conhecido por ser uma boa pessoa (aqui temos o sujeito expresso, que é Marcelo);
– Ele é conhecido por ser uma boa pessoa (aqui também temos o sujeito expresso, que é ele, um indivíduo do sexo masculino, ainda que não seja apresentado seu nome).
Reconhecimento do sujeito expresso
Existem diversos mecanismos para reconhecer o sujeito de uma oração. Quando se consideram critérios fonéticos, denomina-se sujeito expresso aquele que está mencionado de forma explícita na oração.
Exemplos: “O Carlos jogava futebol”. Neste caso, a oração contém um sujeito expresso (“O Carlos”). Podemos perguntar “quem jogava futebol?” e, deste modo, separar a oração em sujeito e predicado: “O Carlos” (sujeito expresso) “Jogava futebol” (predicado). O predicado é a parte da oração onde há o verbo e é ali também onde estão informações que dizem respeito ao sujeito. Assim, esses dois elementos andam lado a lado para trazer sentido para uma oração.
A tudo o que foi exposto acima há que acrescentar, da mesma forma, o facto de o sujeito expresso ter a particularidades de contar com um sintagma nominal, sendo que este pode ser colocado em qualquer parte dentro da oração.
Se a fonética do sujeito não for explícita na oração, dá-se-lhe o nome de sujeito tácito ou sujeito elíptico: “Jogava futebol”. Como se pode apreciar, nesta oração não há nenhum sujeito expresso, podendo tratar-se de diferentes pessoas: “Eu jogava futebol”. “Vocês jogavam futebol”, “Ela jogava futebol”. Em contrapartida, a expressão “O Carlos jogava futebol” explicita o sujeito.
Da mesma forma, podemos destacar que este outro tipo de sujeito também recebe o nome de sujeito implícito.
O sujeito expresso, em suma, é o mais frequente pois não deixa margens para dúvidas. Sempre fica mais claro construir orações com sujeito expresso do que apelar a um sujeito tácito.
Outros tipos de sujeito
Não podemos esquecer de mencionar que também há outros tipos de sujeitos. Posto isto, por exemplo, está aquele que se conhece como sujeito simples e também o sujeito composto. O tal simples é aquele que se caracteriza por ter um único núcleo, o que supõe que possa ser ou um substantivo ou um pronome. Seria o caso com a seguinte oração: “O Manuel é um grande jogador de futebol”. Neste caso, o sujeito é diretamente o Manuel.
Quando se fala de sujeito composto, por outro lado, e como é de imaginar, é aquele que tem dois ou mais núcleos. Posto isto, um claro exemplo seria “O Luís e a Eva passaram a tarde toda a jogar à bola”. O Luís e a Eva são o sujeito composto porque são eles quem realizam a ação de ter andado a divertir-se com a bola.
E também está o sujeito indeterminado, que é aquele que se destaca por ser desconhecido. Um claro exemplo seria: “Assaltaram a mercearia que está ao pé da minha casa”.
Há ainda a oração sem sujeito, que se trata daquela que possui verbos impessoais, por exemplo:
– Há dias que ficou desse jeito;
– Faz muito sol;
– Existia muito o que dizer;
– Haverá aula na segunda-feira?
Nessas orações, é comum o uso dos seguintes verbos: haver, ser, fazer, estar, etc.
A oração sem sujeito ou com sujeito inexistente é diferente da oração com sujeito indeterminado, pois essa última possui um sujeito, contudo o mesmo não se encontra explícito, não sendo possível saber quem praticou tal ação, por exemplo:
– Precisa-se de padeiro.
Mas há ainda o uso de orações com sujeito indeterminado onde há o infinitivo pessoal, veja um exemplo:
– Cuidar é essencial.
Por outro lado, a oração sem sujeito é aquela onde o mesmo inexiste, por exemplo:
– Choveu a tarde inteira.
Quando há o verbo haver, ele traz o sentido de existir e, logo, é um verbo impessoal, sendo que para o mesmo não existe sujeito. O que acontece então é que tudo o que vem depois desse verbo se caracteriza em complemento verbal:
– Há duas flores no chão.
Ou quando não existe nenhum termo que pratica ou que sofre uma ação verbal:
– Choveu na minha cidade ontem;
– Nevou muito na semana passada.
Sujeito composto para sujeito simples
Há casos em que se pode converter o sujeito composto em sujeito simples, por exemplo:
– Márcio e eu fomos até a casa do nosso amigo para a festa (sujeito composto);
– Nós fomos até a casa do nosso amigo para a festa (tornou-se em sujeito simples).
Equipe editorial de Conceito.de. (7 de Setembro de 2016). Atualizado em 7 de Junho de 2022. Sujeito expresso - O que é, tipos, conceito e definição. Conceito.de. https://conceito.de/sujeito-expresso